- Eu gostava, antigamente, de conhecer as pessoas ouvindo as suas histórias de vida (todos o detalhes da construção de um passado). Agora não mais.
- Hoje prefiro conhecer as pessoas com os silêncios, os sorrisos, as lágrimas, os olhares, os gestos, os lapsos, as presenças, as ausências, "as presenças ausentes", as fotos e suas edições para a Internet, os "posts" que são escritos de uma maneira mas querem dizer outra complemente diferente...
- Acredito que, atualmente, conheço melhor as pessoas do que antes.
... Influenciado por um depoimento de Henry Miller - "mas eu não vou parar de escrever, pelo menos vou querer me divertir com isso; estou cansado de fazer coisas longas, sombrias e sérias" - e pela leitura de "Mitologias" de Roland Barthes, comecei a escrever textos opinativos sobre vários temas ... © profelipe ™
sábado, 22 de dezembro de 2012
CONHECER O OUTRO
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
VINGANÇA
Viver é alimentar uma vingança contra si.
As perdas, as decepções e os fracassos retornarão algum dia, na fase adulta, em várias formas: pesadelos, insônia, falta de apetite, marcas no corpo, desinteresse sexual, entre outras.
A bagagem da vingança contra si é armazenada no inconsciente.
Não há como fugir. Trata-se do preço de estar vivo e ter tido experiências.
A vingança contra o outro é problema.
Ela só faz sentido se a vida perdeu o sentido, afinal, o indivíduo gastará o seu presente - aqui e agora - para arquitetar e realizar um plano de destruição do outro.
Na verdade, tal projeto significa não apenas o fim do outro mas ainda a destruição de si mesmo.
Se realizada, a vingança pode ser vista como uma "obra de arte" pois representa, ao mesmo tempo, a destruição do outro e de si na medida em que dedicar-se ao outro é, de certa forma, morrer aos poucos, deixar de viver.
Esse dedicar-se ao outro corresponde tanto do ponto de vista negativo - a vingança - como positivo - o amor.
domingo, 9 de dezembro de 2012
DOMINGO
Muitas pessoas ficam deprimidas no domingo, sobretudo após ouvir a música do final do "Fantástico".
De fato, essas pessoas não "vivem" o domingo - o aqui e o agora - pelo que ele é: um dia livre, um dia de ócio.
Essas pessoas "vivem" uma representação do domingo, elas "perdem" o presente e focam no futuro, o domingo deixa de existir e torna-se o dia anterior da segunda-feira, que todos odeiam pois ela significa o início da longa semana de compromissos e obrigações.
Deixar de viver o aqui e agora e gastar o tempo do presente pensando no futuro é um fuga. Trata-se sobretudo de uma fuga de si.
Em relação ao domingo, ainda existem outros problemas:
. "o dia livre": as pessoas não têm tempo para elas durante a semana, são escravas dos compromissos e dos projetos que elas inventaram para não serem livres;
. "o dia do ócio": as pessoas têm medo do ócio... sonham com o "fazer nada"... mas o "sonhar" é projetar no futuro, é um pretexto para não viver o agora... "fazer nada" causa pavor pois essas pessoas terão que se deparar, neste momento, com elas mesmas.
Ah, "mais uma coisa": Bom Domingo!!!
Assinar:
Postagens (Atom)