... Influenciado por um depoimento de Henry Miller - "mas eu não vou parar de escrever, pelo menos vou querer me divertir com isso; estou cansado de fazer coisas longas, sombrias e sérias" - e pela leitura de "Mitologias" de Roland Barthes, comecei a escrever textos opinativos sobre vários temas ... © profelipe ™
terça-feira, 9 de outubro de 2012
CONHECER O OUTRO
Pessoas com mentes limitadas conseguem definir o outro com apenas uma característica, normalmente associada ao ponto de vista sexual ou ao status de relacionamento: "ela é noiva", "ela é lésbica" e assim por diante.
Mas seria só isso? Ela não trabalha, não estuda, não tem religião, não possui hobbies? Ela não pode, pelo menos, ser uma "noiva lésbica"?
Na verdade, querendo ou não, as pessoas são mais complexas do que as enxergamos (por preconceito, por preguiça ou qualquer outro motivo).
Já faz algum tempo que só uso camisetas pretas, jeans e tênis. Motivo? Nada de especial. Acho prático. Entretanto, sei de gente que associa a cor preta à depressão ou à morte. Daí, alguém poderia dizer que eu seria "gótico"... Não importo, mas só "gótico" seria o suficiente para definir a personalidade de um indivíduo? Creio que não.
No meu caso, o que aparece é apenas uma imagem que pode interpretada de diversas maneiras sem, contudo, perceber a realidade.
Basta ler alguns dos meus textos opinativos. Basta ver algumas imagens.
Se tiver oportunidade, basta ouvir a minha conversa, avaliar o meu ponto de vista, perceber as possíveis contradições.
Para quem teria mais curiosidade (e competência), bastaria ler os meus livros, as minhas teses, ir "além dos textos", verificar as notas de rodapé.
Seria bastante trabalho para conhecer uma pessoa? Provavelmente. É mais fácil inventar um rótulo e usá-lo para reforçar a própria fantasia de como seria o mundo e os outros.
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