O álcool é uma armadilha que liberta os instintos mais primitivos. Tudo seria ótima caso não existissem as consequências.
A cena é simples: bebidas em excesso e um celular (por perto)... O estrago está feito.
Não precisa o envolvimento de outra pessoa. Mesmo sozinho, o indivíduo
alcoolizado é capaz de causar danos a si mesmo que nem o seu pior
inimigo poderia ser capaz de planejar (e executar).
O processo normalmente começa com um desequilíbrio interno.
De um lado, existe uma censura interna, que o impede de fazer quase tudo que deseja.
Por outro lado, revoltado e vendo a vida passar na sua frente (sem
vivê-la), o indivíduo pode radicalizar e querer fazer “tudo ao mesmo
tempo agora”.
Como ainda não tem coragem para liberar o seu
“lado selvagem”, usa o álcool como pretexto para realizar os seus
instintos. A noite serve como cenário perfeito. No escuro e alcoolizado,
tudo parece possível (e permitido).
A noite termina. O efeito do
álcool também... O que sobra?! Ressaca “moral”? Arrependimento? Como
explicar (racionalmente) atos que foram motivados pelo instinto, pela
emoção?
O pior é perceber que ser livre e realizar os instintos
sem qualquer forma de censura, claro, pode gerar consequências que não
serão resolvidas de um dia para o outro. Em outras palavras, ser
verdadeiro (consigo mesmo e com os seus desejos) pode significar ser
punido no mundo civilizado.
A alternativa não seria ser falso ou
dissimulado. Na civilização, os extremos são descartados em nome do
“adequado e saudável” equilíbrio. Se isso é correto ou não, aos olhos da
grande maioria, seria algo totalmente sem propósito.
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