... Influenciado por um depoimento de Henry Miller - "mas eu não vou parar de escrever, pelo menos vou querer me divertir com isso; estou cansado de fazer coisas longas, sombrias e sérias" - e pela leitura de "Mitologias" de Roland Barthes, comecei a escrever textos opinativos sobre vários temas ... © profelipe ™
terça-feira, 24 de abril de 2012
Dúvidas e Respostas
A vida poder ser divertida. Mas, se for pensar seriamente, estar num lugar sem saber por que, não compreender a sua origem e não saber o que acontecerá após a sua morte, parece mais uma punição do que um prêmio.
O homem é condenado a existir e, ao mesmo tempo, não suporta a ideia de não existir (como se tivesse exisitdo desde sempre).
Freud já dizia:
"É possível (...) que a morte em si não seja uma necessidade biológica. Talvez os homens morram porque queiram morrer." (A arte da entrevista, p. 91)
O indivíduo não é criador de si mesmo. Isso não significa que a resposta estaria em alguma religião e, muito menos, se exisitira uma resposta. "A religião é o ópio do povo." Marx estava certo.
Jean-Paul Sartre lembrava ainda que "mesmo se Deus existisse, nada mudaria. (...) é necessário que o homem se encontre e se convença que nada pode salvá-lo dele mesmo."
Qualquer construção racional de uma resposta é destruída pela irracionalidade da emoção. Ela, a emoção, "explode" qualquer perspectiva de estabilidade, de segurança e de certeza.
Como conviver com tantas dúvidas e sem respostas? O indivíduo é "jogado" no mundo exatamente com essa mensagem: "se vira, essa é a sua condenação."
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