“O psiquiatra Ernest Hartmann acredita que essas pessoas seriam aquelas mais sensíveis e confiáveis, que tendem a trabalhar com profissões mais criativas como artes, ensino e –surpresa – psicoterapia.” (George Howe Colt. The Power of the Dreams. Life, September 1995, p. 46)
Talvez isso tenha a ver com o caráter bizarro dos sonhos e sua linguagem ilógica. Outra hipótese poderia estar no fato de que essas pessoas ‘pensam demais’ e problematizam tudo. Elas são sempre desconfiadas e precisam ir além da aparência das coisas (mediação).
Quanto aos contextos especiais quando os pesadelos podem aparecer, Hartmann cita o seu trabalho com os veteranos do Vietnam.
“Seus estudos sugerem que em situações de trauma, o cérebro pode produzir pesadelos para desenterrar traumas passados e adequá-los ao presente contexto. Seria como se o cérebro falasse ‘isso é ruim (o trauma), mas existem muitas outras coisas assim.’ Eventualmente, o cérebro conecta o trauma com todo tipo de material na memória.” (George Howe Colt. The Power of the Dreams. Life, September 1995, p. 46)
Trata-se de uma forma de defesa do cérebro diante de uma situação trágica. A memória fornece material ao cérebro para que a pessoa não perca o seu equilíbrio mesmo diante de um desastre ou (por exemplo) da morte de um parente. Parece lógico. Entretanto, tudo isso ainda fica no campo das hipóteses.
Em relação ao pesadelo, o fundamental é saber até que ponto ele pode efetivamente atrapalhar o cotidiano da vida da pessoa.
Ajuda lembrar o conteúdo do pesadelo e tentar compreender o seu significado.
Parece claro que os sonhos e os pesadelos são importantes ferramentas para manter uma vida saudável.
Felipe. 29-10-2015.
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