Gosto de sexo, mas evito ver, por exemplo (em filmes), cenas sadomasoquistas. Para mim, sexo é prazer e não teria a ver com dor.
Estella Welldon (Sadomasoquismo. RJ: Relume Dumará, 2005, p. 73) diz que toda relação sexual apresenta alguma coisa de sadomasoquismo, sem chegar a ser um caso patológico. Um exemplo poderia ser o sucesso, no Brasil, da personagem Tiazinha, com sua máscara e chicote.
Entretanto, a prática sadomosoquista está associada aos traumas sofridos na infância. Os sadomosoquistas precisariam, portanto, de tratamento psicoterápico e isso é o que evitam:
"Os rituais e os comportamentos sadomosoquistas são uma solução bem precária para uma dor psíquica insuportável." (p. 73)
O sadomasoquismo seria uma forma de "esquecer" um trauma de infância. Fugir do passado pode ser perigoso, podendo causar até a morte - que, algumas vezes, acontece entre os adeptos desta prática.
A morte pode acontecer de uma maneira indireta, ou seja, sem ser resultado de um ritual sadomosoquista - apesar de poder estar associada ao trauma de infância. Isso ocorre com o suicídio, cuja causa seria a dor sentida por um indivíduo. Apesar de existir uma predisposição genética, para Schopenhauer, a decisão final caberia ao indivíduo. (L'Arte de Essere Felici, p. 98) Neste contexto, não seria possível julgar, nem afirmar que uma pessoa poderia cometer tal ato ou não.
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