Existe a figura da “cougar” (o termo, aqui no Brasil, parece ser
“loba”). Trata-se da mulher mais velha que se envolve sexualmente com
garotos bem mais jovens.
Parece ser uma espécie de vingança contra a
velha imagem do homem na crise da meia idade que, após o divórcio,
abandona tudo para ficar com uma garota mais jovem. Alguns chamam o
processo de “síndrome de Lolita”.
Pouca importa.
A questão é o que um e outro evitam.
O homem mais velho - que (na sociedade machista) foi quem começou com
essa história - foge da mulher mais velha não porque foi inventado que
ela não seria mais atraente e sim porque esse homem tem medo da
experiência que essa mulher adquiriu ao longo dos anos.
Experiência significa alguma forma de conhecimento e, assim, tal mulher seria mais difícil de ser enganada.
Na figura da jovem garota, o homem mais velho encontraria o que mais
precisaria: ingenuidade (ou, pelo menos, falta de experiência).
A “cougar” repete o erro do homem mais velho.
Ambos imaginam que lidar com pessoas jovens e inexperientes,
certamente, significaria ausência de grandes problemas. Entretanto, isso
não é verdade.
O que esquecem é que o fator emocional (portanto, a falta de controle) existe em todo relacionamento.
Existe outra informação importante. O tédio chega com a repetição das obviedades dos ciclos dos relacionamentos.
Os ingênuos diriam que a atratividade de jovens corpos, claro, resolveria qualquer problema, mas não é assim que funciona.
Uma pessoa de 50 anos que se envolve num relacionamento com outra 20 ou
30 anos mais nova, obviamente, aprende (muito cedo) que a tal repetição
das obviedades dos ciclos dos relacionamentos não tem a ver com a
idade. Isso tem a ver com a condição humana e com os valores hegemônicos
de uma determinada sociedade.
Assim, em algum momento, é levada em consideração a possibilidade de ficar sozinho (a), permanentemente solteiro (a).
O que antes era visto como um fracasso, de repente, torna-se uma
alternativa razoável para alguém que ficou diferente da maioria mais
jovem em termos de experiências (de vida) e de conhecimentos.
© profelipe ™
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