David Bowie foi uma das maiores estrelas do rock. Ele sempre aparecia naquelas revistas ou reportagens especiais em que eram destacados os maiores ídolos (como Jimi Hendrix e tantos outros).
Vi
dois shows do Bowie: um no Rio, em 1990, e o outro em São Paulo, em 1997. Gosto
especialmente do álbum “Let’s Dance”, que lhe rendeu a capa da importante
revista “Time”. Claro que Bowie era mais do que isso. Nunca ficou preso a um único
estilo, aliás, ele mudava completava a sua música a cada álbum, criando,
inclusive, personagens (como Ziggy Stardust).
A sua morte foi uma surpresa. Os
ídolos do rock n’ roll, que antes morriam jovens por causa dos excessos
associados ao estilo de música (principalmente devido ao uso de drogas), agora
parecem chegar ao fim da vida como a maioria (Bowie tinha câncer). Contudo, ainda
existe uma diferença: os “rockeiros”, mesmo com mais de 60 anos, continuariam
investindo na aparência para parecer mais jovens, como o próprio Bowie (69
anos) ou Lemmy do Motörhead (70 anos). De qualquer
maneira, agora não valeria mais o velho lema de “My Generation” do The Who: “Espero
morrer antes de ficar velho” (“Hope I die before to get old”). Hoje seria mais
adequado usar uma frase de "The Ace of Spades" do Motörhead: "Eu não quero viver para sempre" ("I don't want to live forever").
David Bowie passava a imagem de que ele realmente amava
o universo do rock, inclusive, antes de ser famoso, nos anos 1960, ele aparecia
dando um depoimento (na televisão) em que defendia o direito dos homens terem
cabelos longos. Tratava-se de algo polêmico na época, mas não dá para descartar
a futilidade “desta luta”. Bowie queria aparecer. Queria ser famoso. E foi.
Diferente do depoimento na década de 1960, David Bowie
tornou-se famoso porque criou álbuns fantásticos, fez shows memoráveis e soube
mudar a história do rock. Fará Falta.
© profelipe ™
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.