Pior
do que isso foi Chuck Lorre começar a aparecer nas vinhetas
associadas aos programas que criou para a emissora. O papel de um produtor,
claro, não é esse. Trata-se de uma pessoa que trabalha nos bastidores.
Provavelmente a crise que ele causou na Warner tenha a ver com isso.
Na
época da demissão, Charlie Sheen foi claro:
"Eu
recebi um texto [pelo celular] ou algo assim. Tem outra coisa - esses caras são
baratas tão covardes que nem tiveram a decência de me ligar. Eu coloquei 5
bilhões [ de dólares] nos bolsos dos ternos baratos deles (...) e esse é o
respeito que eu ganho? É deplorável e eles deveriam se envergonhar!"**
A argumentação de Chuck Lorre-Warner foi ridícula:
"Após
consideração cuidadosa, a Warner Bros. Television encerrou os serviços com
Charlie Sheen em 'Two and a half men', com efeito imediato"
(...)
Vamos afirmar o óbvio (...) seu cliente [Sheen] tem se envolvido em conduta
perigosamente autodestrutiva e parece estar bastante doente."**
Tal argumentação, além de ser baseada numa
suposição “parece estar”, acabava sendo favorável ao ator, afinal, não
parece adequado demitir alguém que estaria doente. Essa pessoa
precisaria de tratamento médico e não de demissão.
Quanto ao comportamento “autodestrutivo”
do ator, passava a ideia de que ele morreria logo, o que, obviamente, foi
falso porque a demissão foi em 2011 e Sheen está vivo e com sua
própria série na televisão (“Anger Management”) em 2014.
A série “Two and Half Men” continuou
sem Charlie Sheen, mas sem o sucesso anterior e deixou de aparecer nas listas
dos premiados pelos melhores programas de televisão.
O título - “Two and Half Men” - e toda a história estava baseada em um
tio (Charlie Sheen), o seu irmão (Jon Cryer) e o seu pequeno filho, uma
criança no início da série (Angus T.
Jones).
Angus T. Jones “ foi considerado
o ator mirim mais bem pago da TV
norte-americana no ano de 2010.”*** Durante a segunda fase da série (portanto, sem
a participação de Charlie Sheen) Angus
T. Jones tornou-se adventista e gravou
testemunhos dizendo que as pessoas não
deveriam assistir “Two and Half Men”.(§)
O programa ficou totalmente
descaracterizado e só a permanência de Jon Cryer não
justificaria a existência de “Two and Half Men”. O que foi um dos maiores
sucessos da televisão tornou-se algo próximo do patético, aliás, como a
performance do seu produtor (Chuck
Lorre) após a demissão do principal ator da série.
(*)http://www.altfg.com/blog/movie/charlie-sheen-lawsuit-warner-bros-chuck-lorre/
(**)http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2011/03/warner-bros-demite-charlie-sheen-diz-site.html
(***)http://www.youtube.com/watch?v=wdI24GCkF7Q
(§)http://www.youtube.com/watch?v=j3im4g7ZlGA
(§)http://www.youtube.com/watch?v=j3im4g7ZlGA
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