Uma característica
fundamental da depressão é a desmotivação:
“Somente
uma pessoa que sofre disto, sabe o quanto paralisante a depressão pode ser.”
(BBC)
A depressão é uma doença do organismo da pessoa. É genética. É invisível. Esses fatores que dificultam quem não têm a doença
compreender o seu funcionamento. Muitos nem acreditam que a depressão existe e
acham que é “frescura de rico”.
Trata-se de uma doença grave. É a principal causa de suicídios
no mundo.
Uma pessoa sem depressão precisa, basicamente,
lutar com os fatores “externos”, ou seja, a sua relação com as outras pessoas e
com o seu ambiente. As contradições “internas” (Id, ego e superego) existem,
mas são equilibradas.
Um indivíduo com depressão necessita lidar com os
fatores “externos” e lutar contra um “dragão
interno” (a depressão), que vem no
seu organismo, não tem cura e “o puxa para a autodestruição e a morte”.
Não
existe um exame que comprove a
depressão ou o tipo de depressão que a pessoa sofre. O médico, portanto, a partir de um consulta, faz um jogo de acerto e
erro com possíveis remédios que poderiam ser adequados em cada caso.
A vida de quem tem
depressão fica mais difícil por ela
ser uma doença invisível e a partir da descrença das pessoas. É comum ouvir em
consultórios, após tentativas de
suicídios, “mas doutor, isso era de verdade mesmo ou só para chamar a
atenção?”
A automutilação feita com alguns pacientes ajuda aliviar a dor. A dor
física é usada para “escamotear” a dor emocional. A automutilação serve ainda para dar “visibilidade” a doença, seria
uma maneira de mostrar que aquelas pessoas não estariam bem.
Mesmo com todos os sinais, os indivíduos comuns não acreditam que a depressão
existiria. Muitos, o que é pior, colocam
a culpa na própria pessoa por ter a
doença.
O resultado desta insensibilidade dos membros da sociedade significa
um número grande de mortes
(principalmente entre os mais jovens).
O suicídio, nestes casos, ainda é mostrado como uma espécie de fracasso destas pessoas. Quanta insensibilidade!!!
Quanto mais vive, quem
possui depressão genética, mais se parece com um “guerreiro”, afinal, além de tratar das contradições do cotidiano
(que qualquer um deve lidar), ele precisa lutar contra a natureza do seu organismo, que produz vazios e dores intensas que fazem
parecer que a morte seria a única saída. Seria como se o próprio
corpo puxasse a pessoa para a morte. Vivendo,
ela contrariaria a vontade do seu organismo. Isto não é
pouca coisa.
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