... Influenciado por um depoimento de Henry Miller - "mas eu não vou parar de escrever, pelo menos vou querer me divertir com isso; estou cansado de fazer coisas longas, sombrias e sérias" - e pela leitura de "Mitologias" de Roland Barthes, comecei a escrever textos opinativos sobre vários temas ... © profelipe ™
sábado, 27 de setembro de 2014
V MAS NÃO DE VENDETTA
Uma criança associa, inicialmente, o amor aos pais, aos familiares e aos amigos. Ela, depois, aprende que existe uma relação diferente, pela qual chama de namoro. Nesta fase, não parece agradável descobrir que os beijos “de verdade” teriam o contato das línguas dos envolvidos. O pior, posteriormente (quando a história da cegonha deixou de fazer sentido), seria descobrir que existiriam “beijos” ainda nos órgãos sexuais.
Uma afirmação pode ser problematizada
neste contexto:
. uma amiga gay,
recentemente, disse que se uma vagina não fosse totalmente depilada, isso seria
um sinal de falta de higiene.
1. Ela, muito
provavelmente, estava vendo a vagina como um lugar para beijar, colocar a boca
(por causa de sua opção sexual).
2. Não via a vagina
como um órgão que seria parte do sistema reprodutor da mulher (portanto, a sua
função primordial não seria “receber beijos”).
A mulher (como animal)
possui pelos. Antes da função estética, os pelos fazem parte da dinâmica de preservação e proteção do próprio
corpo. Como fêmea, ela possui menos pelos do que o homem.
Trata-se de uma
percepção
cultural associar o excesso de pelos
à higiene. Em cada época, aliás, é aceita uma forma específica do corpo
como objeto de desejo valorizado na sociedade.
No caso da mulher, nas
últimas décadas, houve o tempo em que
eram valorizadas as curvas e as
mulheres mais “cheias”.
Depois veio a ênfase do
estilo modelo “cabide”, ou seja, o
elogio da mulher bem magra.
Neste período, foi
criticado bastante o “heroin chic”
(década de 1990) porque resultaria em doenças graves como anorexia e bulimia.
Era confirma, aqui, a terrível pressão contra as mulheres no sentido de perder
peso.
Além da associação com
o consumo de drogas e uma visão niilista da vida, o “heroin chic” estava associado ainda ao incentivo da androginia
(que pode ser associada ao exemplo do
início deste texto).
A questão, basicamente, estaria além do debate entre o que seria
“natural” e o que seria “social”. O problema
seria a criação de doenças e sofrimentos em função de regras inventadas na sociedade que não teriam como objetivo contribuir com o bem estar da
pessoa (ao contrário, a meta, por
exemplo, nos modismos, quase sempre, é vender e produzir lucro para uma
minoria).
DISNEY
Houve 223 furtos aos brasileiros no
turismo para a Disney nos Estados Unidos. As autoridades de lá (no Bom Dia
Brasil) afirmaram que seria “algo normal”. Irônico. Sempre houve alarde na
imprensa norte-americana (e dos países ricos) quanto o assunto era a segurança
em grandes eventos aqui no país.
Nunca quis ir aos Estados Unidos ou
qualquer outro país que exigia visto de entrada. Esse tipo de atitude, para
mim, sempre pareceu uma forma de avisar que não seria bem vindo. Então, se não
me queriam lá, do meu lado, também não queria estar lá.
© profelipe
™ 26-09-2014
ESPELHO
Algumas
garotas acreditam em “catraca livre” só porque só jovens, bonitas e gostosas.
Esquecem
que o item “jovens” muda, obviamente, com o tempo.
É
meio constrangedor, para dizer o mínimo, ver garotas que perderam o “touch”
(como diria Keith Richards) tentando seduzir (por qualquer motivo) como se
ainda estivessem com 16 anos.
O
espelho (mental e real) ajudaria no processo.
Biocentrism or... so what?!
"Even the most fundamental elements of physical reality,
space and time,
strongly support a biocentric
basis for the cosmos.
According to biocentrism,
time does not exist
independently of the life that notices it.
The reality of time has long
been questioned by an odd alliance of philosophers and physicists. The former
argue that
the past exists only as
ideas in the mind,
which themselves are
neuroelectrical events occurring strictly in the present moment."*
Outro artigo... Em
português...
“O
biocentrismo ensina que a vida e a consciência são fundamentais para o
universo.
É
a consciência que cria o universo material e não o contrário.
Lanza
aponta para a estrutura do próprio universo e diz que
as
leis, forças e constantes variações do universo parecem ser afinadas para a
vida,
ou
seja, a inteligência que existia antes importa muito. Ele também afirma que
o
espaço e o tempo não são objetos ou coisas mas sim ferramentas de nosso
entendimento animal.”**
Interessante
mas não representa algo efetivamente
revolucionário.
A questão da vida não seria “viver” várias vezes.
O problema é a memória.
A pessoa nasce aqui,
neste planeta, praticamente “zerada”. Ou seja, ela não lembra de algo anterior
a essa existência, então, teria que “começar do zero”.
Sabe que morrerá.
Morre. Se começa em “outra vida” novamente do zero, de que adiantaria, do ponto de vista dela, ter vivo antes e
saber que viverá depois?
Memória
é a palavra chave.
Aceitar
sem compreender diz respeito ao discurso teológico e não conhecimento científico.
(*) Bob Berman, Robert Lanza. The Biocentric Universe
Theory: Life Creates Time, Space, and the Cosmos Itself. Stem-cell guru Robert
Lanza presents a radical new view of the universe and everything in it.
Discover. May 01, 2009.
http://discovermagazine.com/2009/may/01-the-biocentric-universe-life-creates-time-space-cosmos
(**)http://www.duniverso.com.br/cientistas-comprovam-reencarnacao-humana/
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
AMOR, PÚBLICO & PRIVADO © profelipe ™
Não é novidade a história de garotas que dormem na primeira noite com patrões (ou chefes) e depois reclamam que o tratamento do dia seguinte não seria o mesmo da noite anterior.
Durante o dia, havia uma
relação de trabalho, algo profissional. Se houve alguma coisa depois do expediente, isso teria sido
opção dos dois que resolveram fazer algo em comum no tempo livre que tinham.
Público. Privado. Duas esferas distintas.
O
que deveria ser claro para os dois, na prática, não funciona desta maneira.
O
patrão (ou chefe), normalmente bem mais velho,
não se envolveria com uma bela jovem caso não possuísse também o poder econômico. Por outro lado, nem
sempre uma bela garota teria acesso
a lugares exclusivos e caros (mais viagens e belos presentes), se continuasse a
sair só com gente da sua idade.
Isso,
obviamente, não representa uma lei universal.
Mais
uma vez, no caso dos adultos,
haveria pouco espaço para ingenuidade.
Tanto
de um lado como do outro, no entanto, pode ocorrer algum “mal entendido”.
É
comum a garota se sentir usada ou o velho se apaixonar e, posteriormente, ficar indignado ao
compreender que sem o poder econômico não haveria relação alguma com a garota.
Existe
um complicador nos dois casos. Trata-se do que chamam de emoção.
Qualquer
cenário em que a razão deveria
predominar pode ser completamente comprometido quando a emoção entra em jogo.
O
cinismo, a ironia, a omissão, a mentira e os jogos de poder, claro, fazem parte dos jogos que existem entre os civilizados.
De imediato, ninguém
reclama.
Ao contrário, quando o vento está a favor, parece bem divertido utilizar tais
mecanismos.
Neste momento, não é levado
em conta que a máquina do jogo não é uma máquina, ao contrário, trata só de um
ser humano.
Em outras
palavras,
as falhas logo entrarão em cena. Os castelos de cartas desabarão.
Aqui, para muitos,
chegaria o momento de evitar a autocrítica e encontrar um culpado por tudo: o velho ou a bela
jovem.
Bobagem. Eram adultos no início do jogo e deveriam permanecer assim no final também.
Não dá... por causa do
elemento que foi desconsiderado durante toda a partida: a emoção.
A
partir dela e da derrota na relação amorosa, outra personagem entra
em cena: a loucura.
O
perdedor, em sua vingança, pode fazer qualquer coisa
(até matar quem antes era o ser mais amado do planeta).
Se
o perdedor foi abandonado por um concorrente, fica pior, porque outra personagem
invadiria o cenário: a inveja.
Alguém
poderia lembrar do ciúme.
Contudo,
ele nunca precisou entrar no palco do jogo amoroso porque nunca deixou de estar
ali desde o primeiro momento.
A
diferença seria que, inicialmente, o
ciúme aparecia como algo que
produzia excitação. Era bem-vindo. Depois,
porém, ele vem como uma arma que justificaria a morte do outro (tanto no plano
simbólico como no mundo real).
Como
diriam alguns pensadores, sim, a relação amorosa é
antes de qualquer coisa uma relação que um
morre para o outro seguir em frente.
Pode parecer
exagero.
Mas,
nos dias atuais (quando a sutileza
raramente aparece), bastaria ler os
jornais e identificar as reações daqueles que não aceitam perder e carregar para si a
condição de rejeitados.
São
ingênuos em sua violência e no seu instinto de destruição. Afinal, não há como
existir e não ser rejeitado. Ou seja, ao nascer, isso vale para todos, o ser
humano é colocado cara a cara com a primeira e mais importante rejeição: nasceu
para morrer, nasceu para saber que, algum dia, necessariamente, não existirá
mais. E, muito importante, não existe nada que possa fazer quanto a essa
realidade.
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