O filme “Vanilla Sky” não deu certo. Muita pretensão e pouco resultado.
Pareceu interessante, porém, a ideia inicial, ou seja, a relação complexa existente entre o mundo real e o mundo dos sonhos.
No filme, o
personagem “David” tem um caso com uma bela garota – que é apaixonada por ele
-, “Julie”. Ele não assume a relação e a trata como “fuck buddy”. Quando parte para outra relação, ela, com ele no
carro, tenta (no caso dela, consegue) o suicídio. Antes, ela afirma:
“Don't you know that when
you sleep with someone, your body makes a promise whether you do or not.”
Ele a trata como “stalker”. Interessante.
Quando uma mulher é apaixonada por um homem
e ele aproveita a situação para, sem assumir coisa
alguma, fazer sexo; ele a trata como “stalker”,
doida, “aquela com queM eu só faço sexo”
e assim por diante.*
O homem acredita que
ele pode fazer sexo com uma garota apaixonada (quantas vezes ele quiser) e, sem
retribuir o amor, pode ainda sair da relação quando quiser, sem problema algum.
Ingenuidade.
O homem é “educado”
para ficar com todas, fazer sexo sem envolvimento, e, mesmo depois de casado,
praticar a infidelidade como “um direito
natural do universo masculino”.
Neste contexto, ele não percebe que uma mulher não gosta de
“one night stand” e que quando faz sexo,
quer fazer amor. Essas são duas palavras que mudam tudo: sexo e amor.
Seguir o instinto
egoísta de um animal selvagem não livra o homem de sofrer as consequências dos atos numa sociedade
civilizada, quando o que seria “natural” passa a ser usado para fins de
dominação, manipulação e poder.
Em
outras palavras, o homem pode ser naturalmente mais
forte, mas isso faz pouca diferença numa sociedade do ato e da palavra.
Insistir
no instinto selvagem, além das consequências de uma relação “amorosa” mal
sucedida, pode levar o homem a ser excluído do jogo social com a punição da
exclusão (cadeia mesmo).
É um risco. É um preço.
Ou aprende as regras da civilidade
(se isso é bom ou não, pouca importa) ou
não pode “brincar” de conviver na sociedade.
Parece
razoável.
Sobre o filme e a “stalker”, as dicas são óbvias: evite fazer sexo com uma pessoa
apaixonada se a intenção não for um comprometimento verdadeiro numa relação a
dois.
_._._
(*) Quem
conhece o meu cotidiano, claro, sabe que já tive algumas “stalkers” e que as
consequências destas relações podem gerar crises bem sérias para todos os
envolvidos.
_._._
© profelipe ™ 12-09-2014
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