O ser humano é uma coisa “fantástica” mesmo.
Mais de 60% das pessoas, numa pesquisa no país (Bom Dia Brasil,
03-09-2014), trocam fotos e vídeos “comprometedores” na internet. O que
surpreende, porém, é que (para essas
mesmas pessoas) tudo seria seguro e ninguém suspeito poderia ter acesso
ao material “íntimo e particular”.
O tema reaparece associado
ao caso iCloud nos Estados Unidos* – fotos íntimas de mais de 100
celebridades foram roubadas e divulgadas na web.
Algumas
destas celebridades divulgaram o descontentamento com a fragilidade do
iCloud na própria internet. São pessoas que se encaixariam no perfil
daquelas aqui no Brasil que acreditam que “tudo seria seguro” na web.
Trata-se de uma ingenuidade espetacular que beira ao absurdo.
A moda do ‘selfie’ não ocorre por acaso. O narcisismo é uma
característica importante das pessoas, especialmente das mulheres. O
resultado seria algo como o recente caso iCloud.
Como a
maioria, também já tirei muitas fotos que (na visão de muitos) seriam
comprometedoras. Na visão deles, porque se tirei, sóbrio ou não, eu
assumo.
É divertido (na hora, pelo menos).
Entretanto, nunca acreditei em segredos principalmente na era da internet e de câmeras espalhadas em todos os lugares.
Privacidade? Talvez ocorra com a pessoa sozinha, no escuro do seu
quarto, embaixo de cobertas... e mesmo assim, ainda existem dúvidas...
A culpa (mas não havia sido divertido?) não é de um serviço como
iCloud, nem da internet nem do avanço da tecnologia. Seria como culpar
um revólver – uma ferramenta – pela morte de alguém.
Não. O
problema é o ser humano. A ferramenta é só um meio que pode ser
utilizado no sentido de concretizar o desejo de uma pessoa. Esse meio
pode ser tanto revólver como uma máquina fotográfica. O uso (adequado ou
não) gera consequências. O que não dá é apelar para a ingenuidade e
buscar a culpa no outro e não no espelho.
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