É natal. Não existem mais limites no conflito entre israelenses e
palestinos: agora invadem igrejas e matam as pessoas enquanto rezam.
É natal. “It sucks, of course.” Os comerciantes vibram e acreditam que as vendas serão como sempre.
É natal. O governo federal tenta dar um caráter político as prisões (e
as confissões!!) na Operação Lava Jato. O ministro da Justiça tenta
“inibir” as ações da Polícia Federal.
É natal. Trata-se daquela
época do ano em que os familiares se encontram e que as pessoas pensam
naqueles que não podem viver o clima dessa “bela época do ano” (tanto
que regravam “Do They Know It’s Christimas?”).
É natal. É uma época, na prática, de hipocrisia, bebedeira e comilança. É uma época, basicamente, de cometer mais pecados.
O natal faz sentido para as crianças. Isso deve ser respeitado. Não é
correto maltratar ou desprezar os sonhos das crianças. Isso não tem a
ver com essa babaquice comercial da data.
O natal é também um dia religioso e isso deve ser respeitado também (independentemente da religião de cada um).
As festas de fim de ano trazem (em si) um clima de melancolia, de
autoavaliação, daquela coisa rara (para a maioria) de pensar na vida. Os
familiares (distantes) insistem em fazer aquelas reuniões harmoniosas
que sempre acabam em baixarias com ofensas graves que buscam coisas (num
passado longínquo) que todos acreditavam que já teriam sido resolvidas.
As festas de fim de ano representam uma época (na prática) de elogio ao
sofrimento do ser humano. É tudo tão óbvio. A bomba relógio vem
disfarçada com presentes, bebidas e bastante comida. Trata-se de um
roteiro para garantir (no final) a infelicidade dos envolvidos. Só não
vê quem não quer.
Em seguida vem a celebração do verão.
Anabolizantes, bronzeamento artificial e photoshop. Começa o reino da
felicidade forçada. È verão, logo, é preciso ser feliz. É a época do ano
do elogio do prazer. Isso vai até aquele momento que seria considerado o
auge, a síntese de tanta falsidade, banalidade e superficialidade: o
carnaval.
Depois a vida volta ao normal. Ou começa. Ou termina. Tanto faz. Essa lógica do ser humano (algumas vezes) enche o saco.
19-11-2014
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