Diante de situações complicadas, as pessoas tendem a fazer escolhas radicais.
Tal atitude deve estar associada ao instinto.
As escolhas radicais, com o tempo, demonstram ser equivocadas.
As escolhas não existem em si. Elas geram consequências.
Essas pessoas, assim, após um certo tempo, estarão piores do que antes.
Surgem, neste momento, alguns sentimentos.
O arrependimento é um deles (“se não tivesse feito aquelas escolhas radicais”).
O rancor também aparece, afinal, os indivíduos (especialmente os
familiares e os amigos) contribuem bastante para tornar algo ruim numa
coisa bem pior. Eles dizem que fazem tudo pensando no bem do próximo,
mas esse papo é furado e é usado por qualquer ditador de quinta
categoria.
A culpa nunca é esquecida, porém, num momento de angústia
e alienação, ela tende a ser associada aos outros (como ninguém me
avisou que poderia dar errado?).
A inveja “marca” presença porque ao
olhar ao redor, equivocadamente, a tendência é imaginar que todos vivem
bem e sem problemas sérios.
A desilusão é instalada. Ela, na verdade, “fica entalada”.
A vontade é de sumir, de desaparecer.
O desejo é dormir e não acordar mais.
Aqui surge outro grave problema.
Em virtude de tudo o que aconteceu, o sono nunca chega.
Toda noite é o mesmo desespero.
A insônia é o cenário ideal para o ataque de todos aqueles pensamentos desagradáveis que foram evitados ao longo da vida.
Em sua cama, toda noite, ao fechar os olhos, o indivíduo não dorme. A
velha amiga, a insônia, o espera, e com ela aparecem todos os fantasmas
das escolhas erradas, das injustiças sofridas, das traições, das
manipulações e dos fracassos.
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