Nem sempre “a versão do diretor” de um filme é melhor do que a
versão original. Um exemplo claro é o “Live At Pompeii” do Pink Floyd.
A versão original não possui o velho apelo comercial. É justamente por
isso que ela representa melhor o que era a música do grupo naquele
momento.
A versão do diretor
(aparentemente) teria a pretensão de transformar “aquela música” do Pink
Floyd em algo mais “aceitável” para o grande público.
Para
tanto, foram editadas e adicionadas imagens e cenas de gosto
extremamente duvidoso (isso sem falar que não teriam a ver com a
concepção original da obra).
Além disto, foram acrescentadas
cenas dos músicos em estúdio, com entrevistas e depoimentos que lembram
mais falas de músicos (“sem cérebro” no estilo dos personagens Beavis
& Butthead) de heavy metal do que daqueles que se identificavam com o
chamado “rock progressivo”.
Os ingleses acreditam que possuem um humor especial (e talvez até sofisticado).
Os músicos de rock (pelo menos) acreditam nisto e apresentam frases e
histórias constrangedoras (como é tanto comum ver nas autopromoções do
Robert Plant, após o fim do Led Zeppelin).
Em “Live At Pompeii”, “na versão do diretor”, descobrimos que “esse dom” não é exclusivo do antigo vocalista do Led Zeppelin.
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