segunda-feira, 27 de julho de 2015

SER COMO ANTES

A vida termina aos 40 anos. Depois disto, não existe novidade. O que ocorre é uma tentativa de reviver “os anos dourados” da juventude. Não funciona.
Cirurgia plástica, botox, álcool, cocaína, Viagra, Prozac... Nada faz “ser como antes”.
É frustrante viver mais décadas e tentar encontrar o passado que não existe mais. Isso vale para qualquer um.
Fingir que nada mudou, claro, pode ser mais grave. O risco do ridículo é óbvio.
Mick Jagger e os Rolling Stones eram motivo de piada dos Sex Pistols em 1977. Em 2015, Keith Richards e o seu grupo ainda fazem shows em estádios lotados. Ainda ganham bastante dinheiro. Entretanto, basta se aproximar do espelho para perceber que muita coisa mudou. Não existe produção que conserte o estrago que o tempo fez.
O indivíduo pode viver até aos 90 anos ou mais. E daí? Pode ser um milionário famoso como Hugh Hefner. Com o passar do tempo, porém, o que de fato aparece no corpo são os traços de que o fim chegará a qualquer momento.
Depois dos 40, viver mais 30 ou 50 anos não seriam a mesma coisa de como... quando tudo era novidade (na juventude).
É um erro, portanto, essa história de “prolongar a vida” do homem neste planeta. Trata-se, na prática, de prolongar ilusões e de se defender da certeza final: a própria morte.
Certamente o que dito aqui não funciona como uma lei geral e muito menos serve para respaldar a tese de certos economistas de que o indivíduo só seria útil ao mercado enquanto estivesse entre os 20 e 40 anos.
© profelipe ™

terça-feira, 7 de julho de 2015

Bill Cosby & Quaalude

Seduzir uma mulher não é fácil. Do ponto de vista do homem, trata-se de um longo processo que normalmente não apresenta resultado algum.
O que ele imagina ser uma “paquera” pode começar antes do final de semana, numa academia ou numa faculdade ou em algum outro lugar. Marcam de fazer “algo” na sexta-feira. Ele acredita que se “investir” adequadamente, terá o “retorno garantido”. Vão ao cinema, restaurante, bar e boite. No final, ele recebe um beijo no rosto e ela diz que adorou tudo e que já o considera “um amigo”.
Após uma frustração como essa, o homem pode apelar ou resolver as coisas do seu jeito: rápido, sem preliminares e sem reclamações.
Como?!? Simples: bastaria drogá-la. Bill Cosby usava “Quaalude, sedativo e hipnótico” (Veja, 07/07/2015) para ter relações sexuais com as suas vítimas.
Bill Cosby não é qualquer um. Famoso, “era considerado uma lenda do humor televisivo americano e um símbolo da luta contra o preconceito racial, além de representar a imagem do bom pai de família.” (Veja, 07/07/2015)
Não é porque alguém, rico e famoso, precisa utilizar alguma droga para “seduzir” as mulheres que isso seria uma justificativa para fazer a mesma coisa. Muitos homens cometem o mesmo erro e devem ser punidos por isso.
Seduzir é difícil. Os sinais dos homens e mulheres são diferentes. Nada, porém, justifica a falta de respeito e a intenção de usar o outro só como um objeto de sua fantasia (e não como um se humano).

© profelipe ™

 Bill Cosby admite que drogou mulher para ter relações sexuais. Veja, 07/07/2015. http://veja.abril.com.br/noticia/entretenimento/bill-cosby-admite-que-drogou-mulher-para-ter-relacoes-sexuais