terça-feira, 31 de maio de 2011

CAÇADORES & CAÇADORAS

O macho sai para caçar, cuidando, assim, da sua sobrevivência. Mais do que isso, caçar, inconscientemente, poderia ser percebido como uma afirmação da própria masculinidade. Com a industrialização e a urbanização, caçar animais não fazia mais sentido. No capitalismocaçar, ou seja, ser útil, passou a ser interpretado como trabalhar. Tradicionalmente, neste contexto, o homem trabalharia e a mulher cuidaria da casa e dos filhos. A masculinidade continuava associada à caça, mas o alvo tornou-se a mulher - não a esposa e sim a "outra". Havia a mulher para casar e as outras. A base do modelo era a virgindade.
Quando a mulher entra no mercado de trabalho, assume direitos políticos e reivindica uma posição de igualdade com o homem, este quadro muda. De "presa", ela torna-se também "caçadora". O mito da virgindade desaparece. A confusão é instalada. O homem fica perdido. A mulher não sabe exatamente o que fazer com a liberdade conquistada, o que explica que algumas tentam repetir as estratégias do homem.
homem saudosista não consegue mais encontrar a sua "Amélia". Entretanto, ele percebe que se a meta da sua vida deveria ser "caçar", a nova situação era bastante favorável ao seu jogo. 
A mulher trabalhava, ia para bares, fumava, bebia, pagava as suas contas e, assim, reivindicava igualdade de direitos. O homem, então, passou a acreditar em outro mito: quanto mais alcoolizada, mais amulher seria uma "presa" fácil. Portanto, ele sempre poderia ficar com uma diferente toda noite, sem jurar, explicitamente, compromisso. O velho mito que associava a virgindade ao casamento, éinterpretado de outra forma: se ela não é virgem, não existe motivo para casar. A canalhice possui uma justificativa.
Do lado da mulher, querer ser como o homem significa entrar num jogo no qual ela é a aprendiz. Ou seja, teria que pagar um alto preço para sair do modelo "dona de casa" e ir para o modelo"independente nos bares". Esse preço tem a ver com os seus desejos de ter filhos e constituir família. Tem a ver ainda com a necessidade de ser desejada pelo homem, que a valoriza no início e adescarta depois.
casamento ainda existe. O divórcio torna-se mais comum. Os papéis estão confusos nas relações amorosas. Mitos são construídos como se fossem as "novas respostas". No fundo, os problemas são os mesmos: o caos está na condição humana - afetar a relação amorosa seria só a ponta de um iceberg de uma existência que não faz sentido.

MULHERES: TIPOS NO CINEMA

Os filmes reforçam mitos em relação às mulheres. Elas são mostradas de uma maneira, quase sempre, simplista. Existe a vingativa, a neurótica, a dominadora e assim por diante.
Escolhi alguns filmes e fiz observações (pessoais) sobre a personagem principal.
ATRAÇÃO FATAL Carente e sonhadora, não aceita ter tido um caso com um homem casado e deseja o lugar da esposa. Violenta, perde o controle e deseja vingança. O homem infiel - que causou toda a crise - torna-se "vítima" de uma mulher perturbada.
CORPOS ARDENTES - Traí o marido e engana o amante. Fria, consegue o seu objetivo.
BRIGDE JONES - Parece uma mulher comum, meio neurótica, preocupada com o peso, insegura, cujo meta seria encontrar o parceiro ideal.
GUERRA DOS ROSES - Trata-se de uma mulher em crise no casamento e como o que era amor torna-se ódio.
INSTINTO SELVAGEM Sexy e assassina. Fica com homem, com mulher, cheira cocaína. É escritora. Manipula todos.
LIGAÇÕES PERIGOSAS - Manipula, usa as pessoas como se fossem objetos. É fria. Está interessada só no poder. Fracassa nas suas intenções, mas não muda.
LUA DE FEL - Sexy e vingativa.
NOVE SEMANAS & MEIA DE AMOR - Sexy e carente, ela representa o que todo homem deseja. Está disposta a fazer quase tudo pela paixão.
PERDAS E DANOS - Um trauma familiar a transforma num mulher interessante, complexa, demonstrando, ao mesmo tempo, fragilidade, inteligência e força em seu envolvimento com pai e filho.
SEXO, MENTIRAS E VIDEOTAPE - É uma mulher tipo "Amélia", ingênua, confia no marido, que a traí com a sua irmã.
SWORDFISH - A SENHA - Garota má. Sexy, inteligente e vilã. Livro e sol: a cena do topless sintetiza o seu perfil.
ZANDALEE -  Corre para gastar a energia que sobra de um casamento frustrado. Ama o marido, mas o traí com o amigo. Uma tragédia que reforça o sentimento de culpa.

domingo, 29 de maio de 2011

FILOSOFIA DE BAR: MANIFESTO DO MACHISTA [rs]

As mulheres nos tratam como ratos de laboratório, pois sempre evitamos Discutir a Relação

Acreditam que basta apertar os botões certos e seguiríamos as suas ordensSeríamos como fantoches

Elas elaboram planejamentos sofisticados para atingir objetivos claros (para elas) como monogamiacasamento e filhos

Se ocorre alguma falha no plano (delas), dizem que "não éramos o que elas esperavam, que, portanto, estariam decepcionadas (aqui nos tratam como adolescentes rebeldes). 

Somos observados como "algo em potencial" para realizar alguma coisa, seria necessário utilizar o mecanismo correto - normalmente é o sexo - para ter a sua meta realizada

Diante deste quadro, ficam chocadas e se sentem vítimas quando simplesmente terminamos a relação. 
Sim, ainda seríamos os culpados por "iludi-las" durante tanto tempo.

Dizem que só pensamos em sexo - se for verdade, elas sabem usar isso muito bem (contra nós, claro) - e que não somos sensíveis

Se reclamamos da vida ou mostramos alguma fragilidade, somos abandonados imediatamente pois elas odeiam "vítimas" e acreditam que deveríamos ser fortes e frios para protegê-las.

Solução ? NenhumaPodemos apenas sonhar que seria possível viver como o personagem Charlie Harper de "Two and Half Men" e torcer para que, pelo menos uma vez no mês, o programa dedomingo não seja almoçar na casa da sogra, tirar uma soneca a tarde e, em seguida, ver Faustão e Fantástico

FILOSOFIA DE BAR: MANIFESTO DO MACHISTA II

Num episódio de Seinfeld, ele e Elaine tentam, sem ser um casal, manter relações sexuais. Não dá certo. 
Diante das reclamações de Elaine, Seinfeld pergunta o que ela quer. Ela responde:


"This, that and the other."


É isso. O que uma mulher quer? Simples: ela quer t.u.d.o. e, mesmo assim, reclamará de alguma coisa.
O que fazer? Viver uma relação amorosa é como comprar um pacote completo, ou seja, o que você deseja - a mulher "em si" - não está disponível isoladamente. Existem os cunhados, as sogras, os shows de "ballet", as DRs e as negociações... mas, como uma relação "amorosa" - baseada em sentimento - transformou-se numa competição - um ganha e outro perde? 


Quem namorou alguém mais de 2 meses, entende o que quero dizer. Chega um momento em que você faz a pergunta daquela música da Tina Turner:
"what's love got to do with it?"


Afinal, depois de um certo tempo, as experiências vividas numa relação podem ter a ver com quase tudo, exceto com o amor. O namoro vira uma empresa, com horários definidos, metas a serem atingidas e punições. 


Pela primeira vez, numa relação amorosa (e não no mundo do trabalho), você entende o que Marx e Engels queriam dizer com o "Manifesto do Partido Comunista".


O problema é que você está isolado numa relação desigual (o poder de sedução da mulher é superior). Biologicamente, o seu instinto sexual te transforma em um escravo diante da beleza feminina. Você a deseja mais do que qualquer coisa. Pronto. 


"You became a slave to love."


Para finalizar, uma citação que apareceu (claro) na revista Playboy (September 1995, p. 34). A autora é Cynthia Heimel: 


"Honey, I'm leaving you to find myself and become a feminist, and I'm taking the kids and the car and socking you with tremendous child-support payments and you won't even have visition rights, you big stupid trusting sap, ha ha ha!"

O QUE ACONTECEU COM A MUSA DAQUELE VERÃO ?

Na adolescência, qualquer garota fica fascinada com as transformações do seu corpo e, mais ainda, o poder que elas exercem nos homens. Assim, todas as portas se abrem e ela torna-se rapidamente o centro das atenções. Ela quer acreditar que será sempre assim. Mas não será. 


Com o passar dos anos, vem a decadência - em várias formas - ou ela, com o poder do dinheiro, torna-se uma "cougar" (mulheres velhas e ricas que se envolvem com rapazes novos), o que não seria diferente do caminho dos homens de meia-idade.


Penso, por exemplo, nas mulheres que foram envolvidas com os Rolling Stones, especialmente com Mick Jagger e Keith Richards. Em 1970, Michele Breton e Anita Pallenberg participaram, com Mick Jagger, do filme "Performance". De acordo com Robert Greenfield, Breton, na época do filme com 17 anos, "cabelo curto e peitos tão grandes que chegam a chocar - - junto com Mick e Anita, aparece nua na cena da banheira." Depois de passar décadas como usuária de drogas em vários países, Breton foi encontrada em Berlim em 1995 e disse - ainda de  acordo com Greenfield: 


"não fiz nada na vida. (...) Onde tudo começou a dar errado? Não consigo me lembrar. É mais ou menos coisa de destino." 


Parece que o que aconteceu com Pallenberg não foi muito diferente, ou pelo menos ela não possui o mesmo poder que os seus companheiros Jagger e Richards continuam a ter no século XXI.


Pessoalmente, desde muito cedo, percebi isso, observando os meus familiares e os outros - especialmente "as outras" - na noite de Uberlândia. Cada ano, surgia "a" garota, que era cobiçada por todos, seja nos clubes ou nos bares e boites da cidade. Era temporário. O que aconteceria com a "musa" daquele verão? Não fiz uma pesquisa, mas sei de casos de meninas que tiveram problemas mentais, envolvimento com drogas e até morte por causa de aids. 


Não tem a ver com o tema, mas de certa forma, algo parecido ocorria com os proprietários de bares e boites, ou seja: o que aconteceu com o (s) dono (s) do (s) de estabelecimentos como Bar da Mineira, Tramella, Garibald's, Forrorock, Escadão, Cactus, Joplin, Pub's, Batidão, Visage ou Help? Será que "aquele poder", daquela época, permaneceria o mesmo?


A história se repete. No caso das mulheres, bastaria citar os exemplos de algumas meninas de 18 anosesnobes, que desfilam - durante o dia, em praias e, na noite, nos bares - com todo o poder dado pela natureza (ou pelas cirurgias plásticas). 


Aparentemente, quando você está no auge, julga que é intocável... acha que é um "deus" e que nada pode lhe acontecer ! Acredito que, nos dicionários, exista um conceito adequado para isso. Trata-se da ingenuidade.     

O QUE (ALGUNS) HOMENS PENSAM DAS MULHERES

Jerry Seinfeld, uma vez, fez uma brincadeira sobre a reclamação das mulheres de que não existem homens disponíveis: "como? nós estamos em todos os lugares!!" O problema, ele reconhece em seguida, seria que os homens não sabem como chegar e conversar com as mulheres. É verdade. 


As mulheres fascinam e exercem um grande poder sobre o sexo oposto. As mulheres são complexas, o que dificulta a situação de qualquer indivíduo. Elas dizem "não", por exemplo, que não quer dizer, necessariamente, "não", pode ser só uma estratégia, um charme. O "não" pode significar "talvez" ou mesmo, se o homem for um pouco inteligente, pode ser, de fato, um "sim".


Como saber? Não existe um manual. Na verdade, cada situação, com cada pessoa, pode mudar tudo. Não existem modelos ou regras. Seria esse o motivo, provavelmente, da atitude masculina machista de sair por aí cantando todas, muitas vezes, de uma maneira óbvia e vulgar, Do ponto de vista do homem, ele pensa: "uma hora pode dar certo." É a velha história: "se ele não for cara de pau, nunca ficará com alguém."


O problema fica mais grave quando a sedução ocorre ao mesmo tempo que as pessoas estão bebendo muitas cervejas ou doses de vodka e whisky. Se for numa boite ou num bar escuro, as coisas ficam mais difíceis. Algumas vezes, ao chegar no local, os homens estabelecem uma hierarquia para a "caça" - desde a mais bonita, a número 1, até aquela que ele, mesmo bêbado, não aceitaria. Claro que com o efeito do [excesso de] álcool, nenhuma teoria poderia se concretizar. Por isso, no final da noite, assistimos cenas deprimentes, tanto para eles como para elas.


A questão não é só a paquera. Aqueles que vivem um relacionamento monogâmico também sofrem para entender os desejos femininos. Aos olhos dos homens, as mulheres nunca estão satisfeitas. 


As mulheres gostam de elogios, mas se ficar fácil demais, elas perdem o interesse. Talvez isso explique o sucesso dos chamados "bad boys". Ser um cavalheiro pode ter o efeito oposto à fantasia feminina. Se ele respeita demais, a mulher suspeita que trata-se de um gay. Se for rápido, seria um safado, que faz isso com todas. 


Além disto, existem aqueles momentos que os homens não sabem como reagir. Por exemplo, ela começa chorar sem motivo. O que fazer? Seria TPM? Ele teria feito ou dito algo equivocado? Outro coisa seria a famosa DR - Discutir a Relação. Todo homem odeia DR. Faz tudo para fugir de uma. No entanto, raramente consegue. Horas e horas de conversa... O cara pensa: "então, o namoro vai acabar." Claro que não! Pode ser exatamente o contrário... Pode ser um desabafo ou apenas um teste. 


Sim, algumas mulheres adoram testar os homens. O objetivo, é difícil dizer, pode ser que elas queiram verificar se eles são fiéis, se estão mentindo, se querem casar ou se elas realmente têm o controle da relação. Muitos se sentem como ratos de laboratório. Basta um olhar da mulher, que ele pára o que está fazendo: "é um sinal... posso fumar? posso beber mais uma? posso jogar futebol com os amigos?" Na dúvida, ele pergunta: "posso?" Ela responde: "você quem sabe." O homem piora a sua situação e para evitar atritos, leia-se DR, deixa de fazer o estava pretendendo.


Talvez as mulheres achem exagerados os exemplos citados. Talvez alguns homens tenham passado por situações semelhantes. Talvez... talvez... Sim, porque não existe uma única resposta que possa satisfazer plenamente um homem e um mulher numa relação. Por isso, muitos mentem, omitem ou fogem de qualquer forma de compromisso. 


Contudo, não há como negar: um preciso do outro. Entretanto, qual seria o preço a ser pago para ter uma vida de casal? Será que vale a pena? A minha resposta, pessoal, seria: "eu não faço a mínima idéia." Estive nos tais três momentos: vida de solteiro, namorando ou casado. Qual seria melhor? Isso, naturalmente, dependerá de cada um. 


Viver é lidar com dilemas, dúvidas e problemas. Sozinho ou como casal, a vida não torna-se mais fácil. Trata-se, no final, de uma escolha particular, individual.  

O FRACASSO DA RELAÇÃO AMOROSA

Sexo é óbvio e necessário para a preservação das espécies. Sim, somos animais (também). O amor é escolha - consciente ou não. Na civilização, o amor está associado ao poder, é uma relação de destruição e de morte. A relação romântica é impossível de ser realizada. É uma ilusão. É uma fantasia para fugir de si mesmo. 


No entanto, como ela é diferente de outras "fugas do ser", como, por exemplo, o trabalho, o consumismo, a política e a religião. Essas últimas são racionais. Trata-se de usar as bobagens do cotidiano como uma espécie de traição do ser. Basicamente, seria a recusa de se ver e se analisar seriamente. O indivíduo olha no espelho e não consegue se ver, como se fosse um vampiro... O que ele não vê é o que ele não tem - uma alma -, é o que ele não é: um "ser". O que ele vê no espelho são os móveis do quarto, as etiquetas das roupas, os sapatos, as jóias... Como uma fantasma, ele vê o que é material e não percebe que aquilo efetivamente não tem utilidade para ele.


Quanto ao amor, seria uma fuga diferente pois estaria relacionada ao lado emocional. Aqui está o risco de "quebrar o gelo do cotidiano" e de perder o controle das coisas. O risco representa a possibilidade da angústia e ela significa o encontro do indivíduo com ele mesmo. Isso é interessante. O amor não pode ser realizado, não depende da própria pessoa, ao contrário, ela deposita a sua confiança no outro. Viver um romance é depender do outro e é também ter a certeza do fracasso. Então, para quê arriscar?


O sofrimento causado pelo amor pode levar a pessoa a verdadeiramente olhar para ela mesma. Ela não sabe disto. Para a maioria, seria um ato inconsciente. Não importa. Num romance, você arrisca e perde o que mais acredita: a segurança das idiotices repetitivas do cotidiano. Para uma pessoa fria, calculista e consumista, a falta de controle causada pelo fracasso da relação amorosa pode representar um encontro com a sua existência. Nada mal. Se o sexo em si é uma necessidade biológica realizada por qualquer animal, o fracasso do romance entre civilizados não apresenta novidade, mas pode ser uma possibilidade de, com o sofrimento, ir além das aparentes estabilidades proporcionadas pelas fugas inventadas pelos seres auto-denominados racionais. 

COMO CONQUISTAR AS MULHERES?

Em um artigo publicado na internet -  http://www.cracked.com/funny-2607-why-women-love-jerks/ - são apresentados os motivos que levariam as mulheres a ficar com os homens "idiotas" ("jerks"): cocaína, álcool, dinheiro, celebridade, poder, músculos e vingança.


Todos os motivos apresentados estão associados a uma única coisa: ilusão. Essas mulheres imaginam que algo do outro realizaria o seu desejo. O que levaria uma garota ficar com um cara que possui uma Ferrari? O carro não é dela. Ela vai passear no carro, "se mostrar" no carro do outro... É uma ilusão, pois ela poderá fazer isso só enquanto durar a relação com esse homem. Provavelmente, o homem que escolhe andar num carro muito caro e da moda, quer aparecer também e, ao mesmo tempo, usar o seu "objeto de desejo" como "isca" para algumas mulheres viverem suas fantasias. Sim, mulheres no plural, pois dificilmente esse tipo de homem, que fez um investimento tão alto, pensaria em ficar apenas com uma mulher. Ele conta com a ilusão dela para realizar a sua própria fantasia: ficar com todas...


O jovem, algumas vezes, fica indignado: como aquele cara conseguiu ficar com aquela menina (e não com ele)? Primeiro, esse tipo de questão representa um atestado de incompetência. Segundo, pode ser um daqueles motivos citados antes (ou não). Terceiro, pode ser um sentimento verdadeiro ou a garota sentiu-se atraída por algo que o jovem da pergunta não possui (ainda): maturidade, por exemplo.


De fato, essas temáticas têm mais a ver com "a idade mental" do indivíduo do que com a sua certidão de nascimento. Em outras palavras, existem homens com mais de 60 anos que ainda acreditam que o dinheiro pode comprar tudo, inclusive "todas" as mulheres. Ser alienado (e viver de ilusão) não está relacionado à idade. Trata-se de uma escolha de cada um, assim como assumir os atos e evitar colocar a culpa no outro para justificar o próprio fracasso.  

O QUE ACONTECE COM AS MULHERES?

No primeiro episódio de "Sex and the City", a personagem Miranda conta uma história: "eu tenho uma amiga que só saía com homens bonitos e só se divertia.Um dia, acordou e já tinha 41 anos. Ninguém queria mais saber dela. Teve um ataque, não conseguiu mais trabalhar e voltou para o Wisconsin para viver com a mãe. Confie em mim, isto não aflige os homens."
Realmente, esse tipo de história não comove os homens, porque, por princípio, todos foram educados para querer sempre a "próxima" ou a "outra" mulher. Somente em casos extremos, ele "repete" a garota - como no fim de uma festa em que ele não conseguiu ficar com alguém interessante. Uma ex-namorada parece-lhe um caminho garantido, afinal, ele já conhece o "mapa da mina" (péssimo trocadilho, por sinal).
O que acontece com as mulheres? Elas não confiam nas amigas e, de fato, não acreditam nos homens. Elas querem acreditar, são formadas para isso. Entretanto, diante da realidade, elas fingem que acreditam por não terem alternativas ou por terem medo de ficar sozinhas.
O problema está na fase em que elas deixam de ser crianças em tornam-se moças (termo antigo esse). Dos 15 aos 21 anos, elas vivem a melhor fase: são desejadas, cobiçadas, descobrem o poder da sedução e, naturalmente, acreditam que aquilo durará para sempre. As cantadas dos homens reforçam esse mito. 
Lindas, novas, magras - assim, elas entram na faculdade. Aqui, elas escolhem dois caminhos: 1) apaixonam-se por um colega, formam, casam, têm filhos e depois divorciam ou 2) ficam solteiras e aproveitam tudo que essa fase oferece: "ficantes", festas, bebidas, drogas e sexo, muito sexo. As que escolhem o segundo caminho, no fim da faculdade, começam a enfrentar alguns dilemas: as amigas têm filhos, outras casam e elas não apresentam o charme das "calouras" - se consideram velhas diante de uma realidade com meninas cada vez mais novas, bonitas e dispostas a viver aventuras. É um duro golpe na auto-estima.
Depois da formatura, pode vir o pior: voltar a morar com os pais (se a faculdade era em outra cidade) ou continuar morando na casa dos pais, depois de ter vivido tantas experiências... Sair de casa e morar em "repúblicas" passa a sensação de não ter saído da universidade.
Morar sozinha não é fácil: é caro, os pais podem não concordar e ainda existe a solidão. A solução seria casar, mas... como? Depois de formada, com 25 anos, onde acharia um pretendente, mais velho, trabalhador e cujo sonho seria o casamento? Esse homem não existe. Depois dessa idade, formados ou não, mas com carros e melhores salários, os homens querem se divertir e isso pode significar tudo exceto compromisso.
Após essa faixa etária, as mulheres percebem que não são mais o foco de atenção das festas. Se antes dos 21 anos, elas faziam piadas das mais velhas, de suas rugas e de suas roupas, que "não seriam adequadas para pessoas daquela idade", agora, elas tornaram-se aquilo que ridicularizavam. Pior, elas sabem disto. Por isso, bebem mais. No entanto, rapidamente, descobrem que a ilusão criada pelo álcool tem limite. Por isso, é tão comum, no final da noite, encontrar mulheres em prantos, querendo entender o que aconteceu com a vida delas. A resposta é simples: o tempo passou. 
Lidar com esse fato quando viveu uma infância e uma adolescência achando que era uma verdadeira princesa e que só faltava encontrar a sua "cara metade" para ser feliz para sempre... Bom, neste caso, a crise pode ser mais séria e a solução, se existir, poderá estar mais distante do que ela gostaria.

MULHERES DE 30 E HOMENS DE 50 ANOS

No primeiro episódio de "Sex and The City", a personagem principal - Carrie - pergunta: por quê existem tantas mulheres maravilhosas solteiras e não existem tanto homens assim? Talvez entre os 15 e 20 anos, a mulher viva seu "auge" no ponto de vista da beleza e da atração em relação aos homens. Lolita é um dos livros que trata do tema: o fascínio que uma adolescente desperta no homem.
Antigamente, com os 15 anos, a menina era apresentada à sociedade em um baile de debutantes. A preocupação da moça era arrumar um bom casamento. As mulheres de "Sex and The City" sonham com isso também, com a diferença que são mais velhas, críticas e independentes do ponto de vista financeiro. A escolha pela carreira profissional dificultaria a realização do sonho do casamento? 
Talvez exista muita expectativa em relação ao papel do homem, tradicionalmente apresentado como "um príncipe encantado"... Sobre este tema, a atriz Marília Pêra disse, uma vez, em uma entrevista: "Ele transa bem? Leva você para comer bons queijos e vinhos? É seu amigo? Então fica com ele. É o máximo que você vai conseguir de um homem."
Os homens passam pela crise da meia-idade, quando chegam aos 50 anos. Querem, de certa forma, fazer o impossível: recuperar a juventude. Assim, compram carros esportes, freqüentam academias, namoram mulheres jovens e, atualmente, contam com o viagra como aliado. Claro que nada disso resolve o inadiável: a velhice... e em seguida, a morte. 
As mulheres são lembradas aos 30 anos. Mário Prata, numa crônica na revista Época (Edição 298), cita Balzac - "uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis. A mulher jovem tem muitas ilusões, muita inexperiência. Uma nos instrui, a outra quer tudo aprender e acredita ter dito tudo despindo o vestido" e conclui: "são fortes as mulheres de 30. E não têm pressa para nada. Sabem aonde vão chegar. E sempre chegam."
Os elogios, contudo, não resolvem o essencial: a crise aos 30, para as mulheres, ou aos 50 anos, para os homens. Certamente, os problemas graves de dúvidas pessoais não acontecem apenas nestes momentos. A vida é marcada por dilemas e, como diria Freud, por neuroses. Só não percebe quem é alienado, quem insiste acreditar em fantasias, deixando a realidade de lado. Lembra, claro, o filme Matrix: o indivíduo escolhe entre a pílula azul, a ilusão colorida, ou a pílula vermelha, o real, aquilo que está além das aparências. O real está associado também ao sofrimento. A dor faz parte da vida. As crises existem e pronto. A questão é saber se o indivíduo consegue percebê-las ou não. O mito da caverna de Platão permanece.

MULHERES INTELIGENTES E SOLTEIRAS?



Se antes dos 18 anos fica a sensação que o tempo não passa, depois da maioridade, para muitos, o tempo "voa"... Numa época como a atual, que os filhos matam os pais por motivos cada vez mais fúteis e que a tecnologia atinge quase todos os níveis sociais - celulares e internet, por exemplo -, aquela sensação permanece, mas de uma maneira diferente. 


A crianças encurtam a infância, querem se vestir e comportar como adultos. Na adolescência, com o uso de vários recursos, entre eles as carteiras falsas, todos podem, de fato, passar por adultos, tanto do ponto de vista da sexualidade como quanto ao uso de bebidas alcoólicas, cigarros, drogas, entre outros "privilégios" da maioridade. 


É comum a gravidez em meninas com menos de 15 anos. Casos de alcoolismo não são raros. A situação torna-se complicada, na medida em que as pessoas nesta idade ainda não têm experiência para avaliar o que seria certo ou errado e não sabem que os atos geram, necessariamente, conseqüências, podendo ser positivas ou negativas. 


Outro fato interessante é que,  quando realmente chegam aos 18 anos, parecem cansadas "daquela vida" e nada parece ser novidade. A partir deste momento, os comportamentos divergem, os homens querendo ficar com garotas mais novas e as mulheres achando óbvias as cantadas de "linda e gostosa" e demonstrando tédio naquilo que, antes, era bom: beijar um cara diferente toda noite. Elas ficam mais maduras e seletivas. 


Assim, se deparam com um problema realmente novo: os homens, normalmente, preferem aquelas estilo "Marylin Monroe" e não as que questionam e não são ingênuas mais. Com a passar dos anos, a tendência é a situação ficar mais complicada. Quando finalmente elas decidem que querem algo sério, percebem que não existem muitas escolhas no universo masculino. Pior, descobrem que elas deixaram de ser interessantes para os homens de uma maneira geral, que preferem as mais novas e sem tanta experiência.


O dilema pode tornar-se desespero. As alternativas não parecem boas: (1) ficar solteira - mesmo admitindo que o lado emocional ficaria fragilizado e traria problemas como solidão, carência e crises de choro  -, (2) admitir que não dá para "concorrer" com as mais novas em condições de igualdade - afinal, elas são "escolhidas" pelos homens - e procurar namorar e casar o quanto antes, para isso, claro, terá que fazer concessões quanto ao "príncipe encantado", o que significa que terá de aceitar um homem com filhos ou divorciado ou paquerador ou desempregado, entre outras características negativas e (3) viver no mundo da fantasia, fingir que a idade não passou, continuar vivendo as noitadas como se nada tivesse mudado, mesmo percebendo que, na prática, é tratada maneira diferente pelas pessoas, sobretudo pelos homens. No caso da terceira alternativa, o excesso de bebidas alcoólicas ajuda na fantasia, mas o dia seguinte sempre chega e, com ele, podem vir a ressaca alcoólica e ainda aquela outra, pior, a ressaca moral.


Muitos podem dizer que eu sou pessimista. Outros podem concordar e afirmar que isso tudo é resultado de uma sociedade machista. De qualquer maneira, estas são as minhas impressões sobre os relacionamentos atuais. 

sábado, 28 de maio de 2011

COMO TERMINAR UM NAMORO ?

Em um dos episódios de Charmed, a personagem Phoebe fala o que um homem deveria evitar na hora de acabar com uma relação:
. Nós ainda podemos nos encontrar (ficar).
. Eu não mereço você... ainda.
. Eu preciso de mais tempo para 'mim' antes de termos mais tempo para 'nós'. 
. Não é você, sou eu.
. Seja o que for fazer, não comece uma frase com: 'nós precisamos conversar.'
É interessante como os homens falam uma coisa e as mulheres ouvem algo completamente diferente. Antes de dizer estes conselhos, Phoebe pergunta o que o amigo gostaria dizer para a namorada e ele fala:
"... você sabe, por mais que eu a ame, por mais que eu gostaria de ficar em San Francisco, eu não posso. E eu não sei por quanto tempo o meu trabalho me manterá longe daqui."
Ela interrompe e diz:
" Não, não, o que você disse para ela foi que por mais que você quisesse ficar e fazer sexo com ela, você tem esposa e filhos em outra parte do país."
O amigo fica confuso, claro. Talvez por isso os homens evitem tanto momentos como este. Alguns nunca mais aparecem, simplesmente. É a velha história do marido que diz para esposa que comprará cigarros e nunca mais volta para casa.
Os homens não têm medo do fim de uma relação. O que falta é argumento. Não é por acaso que, em qualquer discussão do casal, a mulher o convence a fazer algo que não gostaria. Claro que nem todos são assim, mas certamente a maioria passou por algo parecido.
Homens e mulheres possuem pontos de vista diferentes do que deveria acontecer na relação. Não existe um "tradutor automático" entre os dois. O que complica ainda mais, é saber que isso é que faz um namoro ser interessante.
Em outras palavras, existe uma grande dificuldade de entender os desejos das mulheres... Aliás, seria somente dificuldade ou poderia ser algo mais por parte do homem, como preguiça ou desinteresse?
De fato, existe uma relação de dominação entre os dois, por isso, em alguns momentos, um pode fazer algo só para implicar com o outro. Em casos extremos, a relação fica inviável e o fim aparece como a única solução. Normalmente, o "fim" é associado a (ao) "ex" e as esperanças são depositadas no futuro relacionamento. 

O QUE LEVARIA UM HOMEM A PAGAR POR SEXO?*

Os homens da minha geração - tenho 49 anos - tinham sua iniciação sexual com prostitutas, em casa conhecidas como "zonas". Era uma "tradição", afinal, até a década de 1950 a mulher teria que casar virgem. O homem pagaria para fazer sexo com outras mulheres. Nos anos 1970, ainda permanecia essa mentalidade. Não havia glamour numas das profissões consideradas mais antigas da humanidade.
Na década de 1990, as coisas mudaram - e os nomes também: "escort girls", GPs (Garotas de Programa), entre outros. A mentalidade delas mudaria: sabiam que a sua juventude não era eterna e, com o tempo, o seu corpo não atrairia ou não seria tão valorizado pelos homens. Assim, passou a ser comum encontrar, entre as GPs, um grande número de universitárias. Elas eram novas, bonitas, pagavam suas faculdades e moravam em "flats". Em suma, ganhavam muito bem.
Numa reportagem que li sobre o Café Photo de São Paulo - local famoso de GPs -, o preço que era cobrado por um programa era 300 dólares. O ator Charlie Sheen ficou famoso por suas noitadas com mulheres - pagas ou não-, bebidas e drogas. O seu personagem Charlie Harper, para resolver um problema do irmão, Alan, paga mil dólares para que ele tenha uma acompanhante decente.
Alguns anos atrás, num bar de Uberlândia, um amigo da minha geração disse que pagou caro para sair com uma garota assim e que a via - depois - nos melhores lugares da cidade, sendo que ela fingia que não o conhecia. Era negócio ou, talvez, ela não lembrasse dele mesmo. Ele não havia esquecido dela por dois motivos: o preço que pagou e a beleza da garota.
Uma vez escrevi um artigo científico sobre a relação entre turismo de negócios e as GPs - na revista "Caderno de Turismo". Cidades que privilegiam esse segmento do turismo, lidam necessariamente com a questão das "escort girls". Para ser um problema ou algo ilegal, deve ser considerado, antes, as leis do país em questão. Na Alemanha, é uma atividade legal, inclusive, nos "websites" oficiais de turismo, aparecem "links" com listas de acompanhantes. No Brasil, o turismo sexual é ilegal. Outro exemplo: o ator Robert de Niro disse que não voltaria na França, pois ele foi acusado de solicitar serviços de prostituição. Se no Brasil é normal ver as celebridades nacionais nuas na Playboy, na mesma França, não é fácil encontrar a revista nas bancas da Champées Élisees. A edição francesa da revista vem com muitos anúncios pornográficos, coisa que não acontece em outros países.
Após a invenção da pílula anticoncepcional, do movimento feminista e da liberdade sexual, o que levaria um homem a pagar por sexo? As mulheres, atualmente, colocam-se em condições de igualdade com os homens em tudo, sobretudo na questão da sexualidade e das relações amorosas. Por quê, então? Outro amigo, uma vez, me disse, ironicamente, que sai mais barato, afinal, com uma garota normal, você a levaria ao cinema, jantares, boites até conseguir levá-la a um bom (e caro) motel. Na sua linha de raciocínio, era "tempo demais, muito dinheiro" e ele ainda teria que "aturar todos os charminhos" - atrasos, reclamações, críticas e cara fechada por motivos banais - da garota. Lembra um pouco uma cena do filme "The sweetest thing" ("Tudo para ficar com ele"), quando a personagem de Cameron Diaz finalmente se rende ao insistente rapaz numa boite e começa a conversar com ele... O rapaz a deixa falando sozinha e se pergunta: "what's a guy got to do to get laid?" ("o que um cara tem que suportar para transar?"). Talvez seja isso... ou não... 

(*) Este texto foi escrito em 10 de dezembro de 2010.

SEXO

Qual seria a média de parceiros sexuais que uma pessoa teria ao longo da vida? Essa pergunta não teria sentido algumas décadas atrás, na medida em que as mulheres deveriam casar virgem e o casamento seria baseado na monogamia (principalmente para elas). Hoje em dia é diferente. Assim, a pergunta vale tanto para os homens como para as mulheres. 
Num artigo que mostrava os dados de uma pesquisa sobre o comportamento dos homens de diferentes países em relação ao sexo, o número padrão seria acima de 11 pessoas. Em outras palavras, ter relações com até 10 mulheres diferentes seria considerado razoável. Nas respostas afirmativas, os homens brasileiros representavam 55% enquanto os de Taiwan eram só 7%. Os números da Alemanha, França e Grécia foram, respectivamente: 49%, 37% e 42%. 
Em um episódio de "Two and Half Men", quando questionado se o "seu número" seria 10, o personagem Charlie Harper responde: "não... é bem acima disso." Nunca me preocupei com este tipo de coisa. Sempre gostei de namorar - normalmente em torno de um ano ou mais - e ser monogâmico. Mas tenho quase 50 anos. Tentei lembrar dos meus relacionamentos. Conclusão? Não seria como a de Charlie... Seria algo que representaria quase o dobro deste número. O meu caso, portanto, confirmaria os dados respondidos pelos brasileiros na pesquisa. 
Qual seria o motivo deste comportamento, entre os homens brasileiros? Bem, isso seria um tema interessante para a realização de outra pesquisa. Uma hipótese pode ser o fato do país ser tropical, o que favoreceria um comportamento mais liberal, com modas que enfatizam o uso de pouca roupa e a freqüência em clubes e piscinas, quando os homens se deparam com mulheres bronzeadas em minúsculos biquínis (diferente do que acontece nos Estados Unidos, por exemplo). No entanto, trata-se apenas de uma hipótese. As respostas ficariam mais claras com uma pesquisa ampla.
Obs.: a referência do artigo citado é:
PETERSEN, James R. As the world turns. Playboy, Chicago, 42 (2): 142-145, february 1995.  

MODELOS E CÉREBROS

A década de 1980 foi das supermodelos (em termos, claro). O interessante é que a música síntese delas (inclusive com a participação das principais garotas) tenha sido "Freedom 90" de George Michael. Na época, o cantor fazia pose de "sex symbol" e, posteriormente, assumiria a sua homossexualidade. Não seria por acaso.
Por que alguém namora ou sai com uma modelo? Para se mostrar, é óbvio. Não tem nada a ver com a modelo. Ela seria como uma ferrari, um objeto que você adquire para mostrar aos outros que você pode e que você é diferente ou (para os ingênuos) que você seria superior.
Na época que participava das seleções para a pós-graduação no Rio de Janeiro, um mestrando da PUC me disse algo que hoje eu entendo: "você fica fascinado com a língua francesa e com as européias... Vou te dizer uma coisa, comi uma francesa e não foi bom... Nem de longe se compara com uma mulata na cama..."
Ele estava certo. Já me envolvi sexualmente com modelos, negras, orientais, gostosas, magras, gordas, feias, lindas,  etc, etc... No final, como diria Mr. Big do Sex and The City, a que importa é aquela que te faz sorrir. É isso.
Faz tempo que não tenho saco para o tipo "gostosa, burra e chata". Peço licença e simplesmente desapareço. Sei que não adiantaria conversar. Nem perco o meu tempo, assim como não explico por que estou em tal lugar ou não. Não sou o que você esperava? "Too bad..."
Quanto às supermodelos, Mr. Big estava equivocado quando dizia que eram apenas "beautiful things". Elas não sabem, claro, mas representam mais do que isso. E esse é o problema: como explicar para "coisas" que elas podem representar (também) algo negativo para a sociedade? Hmm... Não dá. Se for se envolver, vale uma vez - o preço é caro (não em dinheiro...e sim em presentes...), mas pelo menos você pode gozar na hora e falar mal depois.  

REJEIÇÃO FEMININA

Um homem pode sofrer efeitos desastrosos com a rejeição feminina. É óbvio? Talvez, basta ver o andamento de uma festa, na medida em que bebem e são rejeitados pelos garotas, os homens tendem a ficar violentos. Não é por acaso que justamente aqueles que não conseguiram seduzir alguém são os que iniciam as provocações e as brigas. Depois da festa, sem alternativa, acabam contratando os serviços de uma garota de programa. Senso comum? Provavelmente.
Numa revista italiana - Mix Maxim -, é afirmado que "quando uma mulher rejeita as cantadas de um homem, ativa um mecanismo no qual o afeta de modo negativo tanto no lado psicológico como no físico." As conseqüências, de acordo com a revista, podem ser "stress, aumento da pressão no sangue, tensão muscular, depressão, insônia, autodestruição, vídeopoker, dependência de remédios, frustração, perda de peso, alcoolismo, suicídio e ataque de pânico." (resumo livre das informações do artigo) Basicamente, o ato da rejeição levaria ao homem a escolha de quatro caminhos: "1) aumento no consumo de drogas; 2) aumento no consumo de álcool, 3) recorrer a uma prostituta e 4) sintoma de loucura."
A solução proposta pela Mix Maxim é simples: as mulheres deveriam facilitar a sedução. Simples? O que os homens dizem das mulheres "fáceis"? A sedução é um jogo, talvez por isso as mulheres dizem "não" quando querem falar "sim". Elas não falam o que desejam. Usam uma linguagem não-verbal. Sabem o poder que têm - quando estão sóbrias, pelo menos... Sim, porque o excesso de álcool afeta não só o comportamento do homem. Aliás, "deixar" a garota alcoolizada é uma das mais velhas e óbvias táticas para facilitar a conquista. Existem ainda aqueles menos preparados e desonestos que colocam drogas nas bebidas das mulheres. Aparentemente, vale quase tudo no processo de sedução. Ainda bem que existem algumas leis que inibem o estupro e outros comportamentos. No entanto, o que deveria ser questionado é: até que ponto alguém pode chegar na conquista do seu objetivo?
A pergunta é ampla pois serve tanto no caso masculino como no feminino. Quem não se lembra do filme "Atração Fatal"? A sedução é um jogo de poder com um objetivo claramente definido: a conquista. Do ponto de vista emocional, pode ser um desastre para os homens - como lembra a Mix Maxim - e/ou para as mulheres. Solução? Nenhuma. Alguns diriam que seria essa incerteza que tornaria o jogo interessante. Outros afirmariam que tudo seria somente a realização de instintos biológicos. Talvez não seja possível generalizar. Não existe um modelo. Cada caso é diferente e imprevisível. É arriscar... ou não.     

CATEGORIAS MASCULINAS ?

Uma antiga revista italiana "Fox Uomo" (2005, n° 2, p. 72-75) separou os homens em quatro categorias: (1) o fugitivo - "il fuggitivo", (2) o antipático - "l'antipatico", (3) o malvado - 'bad boy' - "il cattivo" e (4) o homem em crise - "l'uomo in crisi". Quatro tipos que devem ser evitados, claro. O problema é o homem que, de alguma maneira, não tenha uma destas características. Outro problema seria que as mulheres mesmo desconfiando disto, acabam assumindo as relações... Reclamam depois para as amigas. No entanto, o comum é repetir o "erro".
No nosso caso - os homens -, justificamos as categorias por vários motivos. Normalmente, não assumindo que elas seriam um problema para nós. Uma justificativa seria a nossa criação. Se existem culpados, seriam, portanto, nossos pais. Outra seria transferir a culpa para a mulher: ela que "busca" homens assim, se você fez algo que ela não gostasse, de fato, estaria apenas realizando o "real" desejo dela.
Não é segredo que as mulheres não gostam de homens "bonzinhos". Elas reforçam o preconceito, qualificando-os de gays. Se ele liga todo dia, seria um chato, pois não sai do pé. Se ele não liga, é porque não se importa com a relação. Não existe um meio termo.
Se ele for do tipo antipático, a sua família vai odiá-lo e você achará injusto, pois todo mundo te tratou bem. Se sua família gosta dele, por ser educado e cavalheiro, você perde o interesse.
Homem em crise não tem jeito: é um saco. Mulher pode reclamar da vida, do namorado e dos amigos. "Boys don't cry". É simples. Por quê existe essa diferença? O homem quer fazer sexo com a mulher - ela foi educada para dificultar as coisas - e o resultado é que ele finge que ouve tudo que ela fala - aquele desabafo que dura horas... - pois, no final, viria a recompensa (na medida em que ele foi tão legal...).
Alguns homens começam as relações mas depois desaparecem. Têm a capacidade de não cumprimentar a mulher que dormiu com ele no dia anterior. O mais comum, é esse tipo evitar o encontro. Dar o telefone errado ou quando ela liga, não atende ou pede alguém para dizer que aquele celular não é mais dele. 
Se a relação durou mais de dois meses, tornou-se namoro e fugir fica mais difícil. Contudo, não é uma opção que pode ser descartada, pois terminar com ela pode não ser fácil, ainda mais se você desconfia que ela está gostando - homem evitar usar o verbo "amar" - de você. Se tem que acontecer, a estratégia mais óbvia é escolher um lugar público. Outro mecanismo seria o velho "não é com você, é comigo" ou "eu não te mereço", algo do gênero. Falar que dará só um tempo é óbvio demais e provavelmente não dará certo. Além do mais, você deixa uma brecha para ela te procurar depois.
Em resumo, as mulheres têm todos os motivos para fugir dos homens, sobretudo os que se enquadram naquelas quatro categorias. A questão que fica é: e aí? Ficar sozinha? Acredito que a maioria imagina que "desta vez" será diferente e que esse cara é realmente o que ele promete. Isso chama-se ilusão. Diante da realidade das mulheres, reconheço que pode se chamar isso de "opção".