domingo, 16 de setembro de 2012

ALGUMAS MULHERES


Algumas mulheres precisam ser bajuladas. Atrasam. Só aceitam elogios.
Algumas mulheres acreditam que a bela aparência garante a permanência na área VIP da vida. Esquecem que o tempo passa, voa... para todos.
Algumas mulheres querem paixão, carinho, amor, compreensão, conversa e perdão. Algumas reclamam de tudo o tempo inteiro. Esperam que os homens tenham toda a paciência com elas.
Boa sorte para essas mulheres.
Existem outros tipos. Viva a democracia !!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

"Espelhadas"

Alguns indivíduos reclamam das fotos estilo "selfshot" ("espelhadas") pois as garotas aparecem com os celulares ou as máquinas fotográficas em frente ao espelho. Imaginam que elas deveriam programar as máquinas, dando a impressão que haveria uma outra pessoa no ambiente. Esquecem, no entanto, que:
. o "ambiente" costuma ser o próprio banheiro e não haveria, assim, espaço para duas pessoas ou uma produção "sofisticada";
. o que interessa no "selfshot" é esse suposto amadorismo, transformando a garota na figura da "desejada vizinha" (girl next door");
. é o tipo de foto que ressalta o lado exibicionista da mulher, ou seja, mesmo sozinha, sem namorado, seria uma forma de dizer que ela é bela e merece ser admirada;
. talvez nesse exibicionismo, além da maquiagem, lingerie ou o corpo "malhado" na academia, a garota queira mostrar também o próprio celular da moda - a maça, logomarca da Apple e do iPhone, é uma figura constante nas fotos;
. o fato de ser no banheiro ou no quarto da garota reforça um clima de cumplicidade, um segredo, a ideia que estaria fazendo algo que não seria aprovado pelos pais.
O "selfshot", portanto, representa um estilo de uma época - máquinas fotográficas digitais e modernos celulares - e de garotas que tiveram mais liberdade quanto ao processo de educação tanto em casa como na escola. 
É bom? É ruim? É difícil dizer. De qualquer maneira, a decisão de realizar todo o processo depende de uma única pessoa: a garota, sozinha em casa ou no seu quarto, que deseja ser admirada.

PALAVRAS E SEXO

As mulheres são sutis. Os homens são explícitos. As mulheres não falam o que desejam, enviam sinais. Os homens são óbvios e não disfarçam o que querem. Barbara De Angelis:

"Muitas pessoas evitam usar palavras durante o sexo, porque as palavras de desejo as fazem sentir-se expostas. 
Eu posso sentir que o toque do meu amante me excita, mas se eu disser a ele, 'o seu toque me excita, agora eu tenho certeza de que ele sabe, e agora estarei mais vulnerável. 
Minhas palavras dão-lhe poder sobre mim, o poder que vem de saber que a sua sedução foi bem sucedida, de saber o que eu gosto."

Barbara De Angelis usa "pessoas" no início, quando deveriam utilizar "mulheres". No resto da citação, ela assume que seria uma mulher diante de um homem e diz que a mulher evita falar pois isso daria poder ao homem na medida em que ele saberia "que a sua sedução foi bem sucedida."

Poder e saber, diria Michel Foucault. O problema é: qual o problema dele saber que ela o deseja? Falar significaria dar ao outro a certeza de seu poder. Mas, o sexo não deveria estar relacionado a algo emocional e a perda da razão?

A questão é que muitas pessoas, não só as mulheres, usam o sexo como um meio para atingir um objetivo (casamento, dinheiro, um carro novo...) e não percebem que o sexo existe em si como algo natural e agradável para os envolvidos.

Sexo é bom porque existe a necessidade biológica da procriação, da preservação da espécie... mas na hora do ato, as pessoas não deveriam pensar nisso (nem em outra coisa) e sim deveriam sentir o que a natureza proporciona na "união de dois corpos." Qualquer reflexão sobre os motivos que levariam aquele casal para a cama, deveria ser feita antes do sexo. Afinal, na hora do amor, "fuck the rest."

* Barbara De Angelis, em 1995, no seu livro: "Real Moments for Lovers" (apud, James R. Petersen, Playboy, September 1996, p. 42).

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Sofisticação e Cativeiro

Não existe novidade no autoflagelo. Nem seria possível dissociá-lo da culpa cristã. Causar dor em si mesmo não é algo novo ao ser humano.
O que é recente é o termo BDSM.* "Bondage", em especial, representa bem esse imaginário quando são alimentadas fantasias numa época predominantemente niilista.
Existem clubes de BDSM. Entretanto, a prática não é ilegal. Muitos são exibicionistas, mas todos sabem que nem sempre os indivíduos ditos "normais" compreendem ou aceitam formas diferentes de prazer sexual. Assim, o segredo torna-se uma opção da maioria.
A prática do BDSM exige certas condições financeiras. Os acessórios não são baratos. Existem salas que mais parecem academias de musculação, com aparelhos grandes e pesados.
Chama a atenção, de um lado, a sofisticação dos participantes - os homens, normamente, vestem ternos escuros e as mulheres calçam sapatos de salto alto e belas lingeries - e, de outro, a existência de ambientes que parecem cativeiros sujos, escuros e empoeirados. Trata-se de uma contradição óbvia. Faz parte da fantasia.
Tratar de BDSM é lidar com o termo ambiguidade. Prazer e dor. "Dominadores" e "dominados". Apesar de existir um "contrato", não há como negar que é um caminho de mão dupla. Quem, na verdade, exerce o poder sobre o outro?
O que existe em comum é o elogio da dor física como forma de desconsiderar - esquecer ou "apagar" - a dor emocional, normalmente sofrida em frequentes abusos na infância. Neste sentido, por mais que pareça uma prática estranha, o BDSM representa, na verdade, um pedido de socorro ou talvez, na maioria dos casos, uma última alternativa de continuar vivo diante de uma existência sem sentido.  

Bondage & Discipline Dominance & Submission Sadism and Masochism.