domingo, 10 de junho de 2012

HOMOSSEXUALISMO, BDSM & ROCK & ROLL

  • Eu vi o show do Judas Priest no Rio em 1991. Bom show... Som pesado... A cena inesquecível do vocalista Rob Halford entrando de moto no palco... Na época, ninguém imaginava que ele era gay.
  • A polêmica foi assumir a homossexualidade num universo "só de machos" (na primeira noite do heavy metal no Brasil, por exemplo, em 1985 - sim, eu estava lá... -, o Rock in Rio parecia mais um "pátio de prisão", com um público basicamente masculino e com roupas negras).
  • Neste contexto, ficaram famosas as fotos do Robert Plant beijando o Phil Collins na boca e outras dele com vestido e sapatos de salto alto. O ex-vocalista do Led Zeppelin, diferente de Halford, nunca foi gay, casou algumas vezes e sempre se envolveu com as "groupies".
  • Ainda sobre o Led Zeppelin, Jimmy Page, quando usava heroína, gostava de se envolver com "drag queens" em boite gay. Ele também foi casado algumas vezes, gostava de BDSM e "groupies".
  • BDSM era uma prática do Michael Hutchence do INXS. A sua imagem ficou associada aos namoros com belas mulheres, como a supermodelo Helena Christensen e a vocalista "pop" Kylie Minogue. Ele gostava de elogiar os excessos do "Sexo, Drogas & Rock & Roll":
  • "Até agora, tudo bem. Eu não quero parecer um 'cliché'. (...) Fico surpreso ao perceber que sobrevivi a tanta coisa...e os meus amigos também. (...) Essa é a indústria. Bem vindo a festa. Jimi Hendrix está lá em cima. Mas passar por isso é fantástico." (Vox, November 1995, p. 36)
  • Uma crise séria, que envolveu Bob Geldof e a sua esposa, na época, Paula Yates, levou Michael Hutchence ao suicídio em 1997:
  • "Tanto que, ao revistar o quarto de hotel onde o cantor morreu, a polícia encontrou um frasco do antidepressivo Prozac. Há pelo menos uma razão para essa depressão. Paula Yates enfrentava uma batalha judicial com seu ex-marido, o também cantor de rock Bob Geldof, pela custódia dos três filhos que tiveram juntos. Geldof sabia que não tinha muita chance de conseguir a custódia mas fazia isso para se vingar, já que havia sido vítima de adultério. Essa situação também deixou Hutchencefurioso. Horas antes do suicídio, ele chegou a telefonar para o cantor irlandês que lhe bateu o telefone na cara. Ao saber da morte do parceiro, Paula, que se encontrava em Londres, não hesitou em culpar Geldof."*
  • O ambiente do rock, mais do que em qualquer setor da sociedade, ficou associado aos excessos, imagens e poses. Em algumas bandas, por exemplo, muitos nem sabiam tocar os instrumentos musicais. Depois da década de 1980, com a MTV, isso seria mais comum.
  • No final, o que fica? Depressão, homossexualismo, droga, alcoolismo, BDSM... Quem se importa? No caso do rock, se a música for realmente boa - Beatles, The Rolling Stones, Led Zeppelin, The Jimi Hendrix Experience, entre outros -, o resto não seria tão importante. 
  • *Celso Masson. Instinto de morte. Veja. 03/12/1997. http://veja.abril.com.br/031297/p_131.html
  • **As citações utilizadas aqui foram usadas antes em outro artigo (Michael Hutchence & Bob Geldof). 

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