quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

AS MULHERES, OS HOMENS E O PODER



As mulheres mentem melhor que os homens. Pode ser lenda. De qualquer maneira, uma personagem, no filme “Closer” (“Mais Perto”), diz algo como “mentir é a coisa mais divertida para garota sem ela ter que tirar as roupas.”

Um jogo de poder normalmente precisa do uso da lógica e de, entre outras coisas, mentir, enganar, seduzir e dissimular. Certamente o fascínio pelo poder não é exclusivo das mulheres. Ao contrário, basta olhar na direção das esferas oficias do poder, as mulheres quase não aparecem, como se o poder público fosse uma arena para homens.

Houve inversão quanto ao pressuposto inicial. Os homens, então, mentiriam melhor que as mulheres? Essas são, de um ponto de vista geral, problemáticas desnecessárias.

O que interessa é que retirando a violência como técnica de definir um vencedor, foi preciso, no mundo civilizado, inventar outra estratégia de luta: aqui aparece a política (no sentido amplo e não somente do ponto de vista dos partidos políticos).

As relações, entre civilizados, são políticas, tratam do discurso e da ação (Hannah Arendt).

No discurso explicitamente baseado na filosofia de Michel Foucault, o poder deixa de ser algo exclusivo do espaço público na medida em que ele faria parte de todas as relações. Não seria somente uma luta pelo Estado.

Assim, as mulheres retornariam ao jogo político com seus disfarces (como maquiagem e cirurgias), suas estratégias discursivas e seus silêncios. Alguns diriam que, na esfera privada (entre quatro paredes), elas “massacrariam” os homens, tornando-os, por causa da libido, meros fantoches no sentido da realização dos seus desejos.

"Lying is the most fun a girl can have without taking her clothes off, but it's better if you do."

Talvez seja verdade...

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