domingo, 20 de março de 2016

Camaleão do Rock


David Bowie foi uma das maiores estrelas do rock. Ele sempre aparecia naquelas revistas ou reportagens especiais em que eram destacados os maiores ídolos (como Jimi Hendrix e tantos outros).
Vi dois shows do Bowie: um no Rio, em 1990, e o outro em São Paulo, em 1997. Gosto especialmente do álbum “Let’s Dance”, que lhe rendeu a capa da importante revista “Time”. Claro que Bowie era mais do que isso. Nunca ficou preso a um único estilo, aliás, ele mudava completava a sua música a cada álbum, criando, inclusive, personagens (como Ziggy Stardust).
A sua morte foi uma surpresa. Os ídolos do rock n’ roll, que antes morriam jovens por causa dos excessos associados ao estilo de música (principalmente devido ao uso de drogas), agora parecem chegar ao fim da vida como a maioria (Bowie tinha câncer). Contudo, ainda existe uma diferença: os “rockeiros”, mesmo com mais de 60 anos, continuariam investindo na aparência para parecer mais jovens, como o próprio Bowie (69 anos) ou Lemmy do Motörhead (70 anos). De qualquer maneira, agora não valeria mais o velho lema de “My Generation” do The Who: “Espero morrer antes de ficar velho” (“Hope I die before to get old”). Hoje seria mais adequado usar uma frase de "The Ace of Spades" do Motörhead: "Eu não quero viver para sempre" ("I don't want to live forever").
David Bowie passava a imagem de que ele realmente amava o universo do rock, inclusive, antes de ser famoso, nos anos 1960, ele aparecia dando um depoimento (na televisão) em que defendia o direito dos homens terem cabelos longos. Tratava-se de algo polêmico na época, mas não dá para descartar a futilidade “desta luta”. Bowie queria aparecer. Queria ser famoso. E foi.
Diferente do depoimento na década de 1960, David Bowie tornou-se famoso porque criou álbuns fantásticos, fez shows memoráveis e soube mudar a história do rock. Fará Falta.   
© profelipe ™

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