sábado, 27 de fevereiro de 2016

Traição¹²³

No final, a pergunta que fica é: o que você fez na vida? Isso não tem nada a ver com ter construído fortunas ou ter dirigido impérios.
Afinal, a pergunta foi sobre “o que fez” e não sobre o que conseguiu em termos de bens materiais ou de poder.
No final, será você e a sua consciência. Não dá para fugir de si mesmo. “Eu não sabia” não servirá de desculpa. A alienação foi uma escolha. Fingir que não via a desigualdade de nada adiantará.
Ao longo da vida, você esteve do lado de quem? Você esteve do lado dos traidores por causa de “30 dinheiros”?
Você traiu a pessoa que sinceramente te ajudou , quando ninguém, naquele momento, foi capaz de tomar uma atitude (na prática). No fundo, você sabia que aquela era uma pessoa boa. Mesmo assim, a traição foi a sua escolha.
Quando teve algum poder de decisão sobre o destino de outra pessoa, você sempre preferiu humilhá-la e colocá-la para baixo. Por quê? Porque você podia. Ajudar, pensar no outro, na sua perspectiva, não faria qualquer sentido.
“O cuidado de si” (em você) tornou-se “a traição de si”. Você não se reconhece quando olha no espelho. As plásticas, os truques e as roupas “de marca” estão lá, mas você não aparece. Nem você foi poupada no projeto de trair tudo e todos.
No final, “naquilo que não é material”, você, como qualquer um, estará sem companhia alguma. Só restará você e o que você foi nesta vida.
© profelipe ™

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