sábado, 15 de outubro de 2011

INTERNET E MOVIMENTOS SOCIAIS

Não é possível entender a realidade atual sem problematizar o papel da Internet.
As transformações no norte da África foram possíveis na medida em que as pessoas trocavam informações pelas chamadas "redes sociais". Na Espanha, elas também foram utilizadas nas manifestações. Nos Estados Unidos, os indivíduos se reuniram para protestar em Wall Street sobretudo a partir do uso do Tumbr.
No Brasil, as passeatas contra a corrupção não foram organizadas pelos partidos políticos. Ao contrário, os militantes que apareciam com suas bandeiras eram vaiados. A comunicação era feita principalmente pelas "redes sociais".
As lideranças tradicionais estão desgastadas com a população. Antes, essas lideranças, ligadas ao Partido dos Trabalhadores (PT), faziam oposição ao Estado. Quando o PT tornou-se governo, elas passaram a ser questionadas pela população, como se tivessem sido cooptadas pelo Estado. De fato, a partir do governo Lula, houve uma queda na atuação dos movimentos sociais, o que gerou uma desconfiança quanto à legitimidade dos seus líderes frentes às classes sociais. A conseqüência está aí.
Só recentemente o usuários brasileiros adotaram o Facebook (FB) como ferramenta principal. Como muitos perceberam (e falaram), ele era mais interessante pois reunia num único lugar as funções do Orkut, do Twitter e do MSN. Nos Estados Unidos, pelos menos nas manifestações em Nova Iorque, o FB perde espaço para o Tumbr, que deverá ocupar o seu lugar, assim como o FB assumiu a posição que antes era do Orkut.
Certamente, a Internet é só uma ferramenta. Ela não faz coisa alguma. Os indivíduos são os sujeitos das mudanças sociais. Contudo, não há como negar que ela, usada de maneira consciente, tem sido importante na mobilização da população.

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