segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Infantilidade

A crise faz parte da condição humana. Quem não percebe claramente isso? Uma criança. Tudo, para ela, é novidade e costuma ser algo agradável pois ela tem a sensação de segurança proporcionada pelos pais.
Esse processo não acontece com um adulto, primeiro, óbvio, ele deixou de ser criança, segundo, no seu desenvolvimento, aprendeu que, em muitos momentos, seria contrariado, e, terceiro, espera-se que ele seja independente em relação aos pais. 
O adulto que possui uma perspectiva de criança estaria, como ironizou um filósofo, na "infantilidade da razão". Em outras palavras, ele seria um alienado, alguém que acredita em ilusões e cria uma fantasia sobre a sua vida (e a dos outros), e vive de acordo com ela. 
Esse indivíduo, para "cair na real", precisaria de um "trigger", algo como um "gatilho", ou seja, seria necessário a existência de algum acontecimento grave - como uma forte desilusão amorosa, a morte de um parente, a falência da empresa ou o desemprego - para que ele fosse despertado para o que seria a vida: algo sem sentido e que necessitaria de dor e sofrimento para compreender e dar continuidade ao próprio ser. 

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