sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O PODER DE SEDUÇÃO DA MULHER

Na Antigüidade, a mulher, como objeto de desejo, era vista com desconfiança:
"Engano possível sobre o  corpo que os enfeites escondem e que se arrisca a decepcionar quando é descoberto; ele é rapidamente suspeito de imperfeições habilmente mascaradas; teme-se algum defeito repelente; o segredo e as particularidades do corpo feminino são carregados de poderes ambíguos." (Michel Foucault, O Cuidado de Si, p. 220) 
Com o tempo, os truques femininos ficaram mais sofisticados. O silicone, por exemplo, nos dias atuais, sempre gera a dúvida no homem diante de um belo decote. Além das cirurgias plásticas, a mulher ainda conta com vários recursos de beleza, o que a faz ficar horas diante do espelho antes de se considerar pronta para aparecer em público. O homem não quer saber do "processo" e se interessa somente pelo "produto final". Isso o torna uma "presa fácil" ao jogo de sedução da mulher.
Desde pequena, a mulher é educada para dizer "não" e dificultar as coisas na relação amorosa. Tudo deve ser sutil. Esse mistério excita o homem, o transforma num objeto, exatamente no momento que ele acredita possuir maior controle. Enquanto ele é instinto na relação sexual - precisa ser, é ativo, é transparente, é visível com a sua ereção -, ela pode ser dissimulada, fingir, parecer uma coisa e ser outra.
O que a mulher precisa? Poder. Controle. Para isso, necessita, antes, ser desejada e para realizar esse objetivo, ela conta com aqueles recursos. Ela vem para um encontro como um mágico caminha para o espetáculo, ou seja, ela possui muitos instrumentos para desviar o olhar do outro enquanto faz o que realmente deseja. 

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