domingo, 29 de julho de 2012

PODER, SEXO E DINHEIRO

Paulo Francis costumava dizer que "quem não tem sexo nem dinheiro, não pensa em outra coisa". Eu acrescentaria uma terceira coisa: poder.
De fato, as pessoas utilizam a busca sexo, dinheiro e poder para evitar o óbvio: pensar em si, na sua própria condição de existência.
Os indivíduos procuram construir uma lógica para justificar uma busca que nunca termina. Conseguiu dinheiro? Precisa procurar mais. Poder? Mais.
E o sexo? Mais... Entretanto, nesse ponto, como conseguir mais?
Em termos de quantidade, bastaria aumentar o número de parceiros. Mas, mesmo assim, pode ficar repetitivo. Faltaria "qualidade" ou para ser mais exato: "novidade". Aqui a invenção da Sex Shop representa uma ajuda.
Limites? É difícil, mas torna-se necessário, exceto se, no fundo, o indivíduo deseja mesmo é a morte.
O início é sempre o mesmo: anos de casamento, novas posições e, depois, conversas sobre as fantasias do casal. Visitas ao Sex Shop. Ménage à trois ("threesome")? Swing (troca de casais)?
Depois da década de 1980, o swing virou "moda" no Brasil. Passou. O swing é um jogo perigoso na medida em que pode representar o fim do casamento.
Para os solteiros, mais recentemente, surgiram as festas em fazendas com bastante álcool, drogas e orgias promovidas, algumas vezes, em "dark room" (uma ideia antiga usada em boites homossexuais desde, pelo menos, a década de 1970).
Nos anos 1990, surgiu o termo BDSM (Bondage Discipline Sadism Masochism). Na prática, tornou-se comum relações que utilizavam os recursos do sadomasoquismo. Para quem se identificava com esse estilo, como no caso do swing, surgiram os clubes especializados. Um fotógrafo famoso da Playboy norte-americana, Ken Marcus, abandonou as fotos "convencionais" e passou a se especializar em BDSM, que ele associava ao termo "exquisite erotica".
Juntamente com o BDSM, tornou-se comum o "sex tape" na Internet assim como o "snuff film" - que mostraria assassinatos supostamente reais.
Onde tudo isso pode parar? A parada final pode ser a morte. Trata-se de um jogo, como seria a "asfixia erótica". Um exemplo: a causa oficial da morte de Michael Hutchence seria suicídio. Entretanto, a sua companheira na época, Paula Yates, insistia que isso não seria verdade, que o amante teria morrido numa auto-axifia-erótica.
Os jogos sexuais podem ser perigosos pois, em sua maioria, escondem inseguranças ou traumas vividos na infância. Entrar nesse "universo" é um risco. Ficar na mesmice e na monotonia de uma vida sexual pode também não ser a melhor solução a ser adotada por um casal. No fundo, é uma questão de escolha. 

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