quinta-feira, 6 de março de 2014

DEPRESSÃO E DESMOTIVAÇÃO



Uma característica fundamental da depressão é a desmotivação:

“Somente uma pessoa que sofre disto, sabe o quanto paralisante a depressão pode ser.” (BBC)

A depressão é uma doença do organismo da pessoa. É genética. É invisível. Esses fatores que dificultam quem não têm a doença compreender o seu funcionamento. Muitos nem acreditam que a depressão existe e acham que é “frescura de rico”.

Trata-se de uma doença grave. É a principal causa de suicídios no mundo.

Uma pessoa sem depressão precisa, basicamente, lutar com os fatores “externos”, ou seja, a sua relação com as outras pessoas e com o seu ambiente. As contradições “internas” (Id, ego e superego) existem, mas são equilibradas.

Um indivíduo com depressão necessita lidar com os fatores “externos” e lutar contra um “dragão interno” (a depressão), que vem no seu organismo, não tem cura e “o puxa para a autodestruição e a morte”.

Não existe um exame que comprove a depressão ou o tipo de depressão que a pessoa sofre. O médico, portanto, a partir de um consulta, faz um jogo de acerto e erro com possíveis remédios que poderiam ser adequados em cada caso.

A vida de quem tem depressão fica mais difícil por ela ser uma doença invisível e a partir da descrença das pessoas. É comum ouvir em consultórios, após tentativas de suicídios, “mas doutor, isso era de verdade mesmo ou só para chamar a atenção?”

A automutilação feita com alguns pacientes ajuda aliviar a dor. A dor física é usada para “escamotear” a dor emocional. A automutilação serve ainda para dar “visibilidade” a doença, seria uma maneira de mostrar que aquelas pessoas não estariam bem.

Mesmo com todos os sinais, os indivíduos comuns não acreditam que a depressão existiria. Muitos, o que é pior, colocam a culpa na própria pessoa por ter a doença.

O resultado desta insensibilidade dos membros da sociedade significa um número grande de mortes (principalmente entre os mais jovens). O suicídio, nestes casos, ainda é mostrado como uma espécie de fracasso destas pessoas. Quanta insensibilidade!!!

Quanto mais vive, quem possui depressão genética, mais se parece com um “guerreiro”, afinal, além de tratar das contradições do cotidiano (que qualquer um deve lidar), ele precisa lutar contra a natureza do seu organismo, que produz vazios e dores intensas que fazem parecer que a morte seria a única saída. Seria como se o próprio corpo puxasse a pessoa para a morte. Vivendo, ela contrariaria a vontade do seu organismo. Isto não é pouca coisa.

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