sexta-feira, 28 de março de 2014

DRUUNA E OS SONHOS



Eu gosto muito da Druuna de Paolo E. Serpieri. Eu sei que a maioria não liga para a história, mas acho fantástico a personagem participando de aventuras que estão associadas aos seus sonhos (ou são os próprios sonhos). No final de Aphrodisia, ela afirma:

“Shastar e Lewis não mais existem... Tenho que aceitar a triste realidade. Acabou. Devo dormir agora e mergulhar no sono sem sonhos. Estou farta de sonhos! Como o doutor diria: ‘é um pouco como morrer...’ Quero acordar num outro mundo onde, não sei... Pensarei nisso amanhã... Sim... Amanhã...” (Heavy Metal, Ano 3, No. 12, p. 119)

Druuna vive o inferno nos sonhos mas ainda prefere dormir. Eu sempre tenho pesadelos freudianos e também prefiro dormir. Lidar com fantasmas do meu passado não é bom. Entretanto, me cansa mais ter que lidar com a mediocridade da maioria atualmente.

Voltando aos sonhos, na fala da personagem Druuna deve ser destacado a frase: [dormir] “é um pouco como morrer...” Talvez seja verdade. De qualquer maneira, parece inacreditável que o ser humano não leve a sério o período do sono, afinal, ele passa um terço de toda a sua vida dormindo.

Freud foi mais coerente em suas pesquisas quando colocou o sonho como um elemento fundamental para entender a condição humana.

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