domingo, 4 de outubro de 2015

Frustração Sexual

Freud falava sobre a associação entre a neurose, a culpa e a punição. Seria como se a pessoa, mesmo de uma maneira inconsciente, desejasse ser punida, acreditasse que “aquele” sofrimento fosse justo.
A frustração sexual seria a base de todo o processo. Neste contexto, surgiriam os instintos agressivos e a importância do superego. Ou seja:

“(...) talvez toda neurose oculte uma cota de sentimento inconsciente de culpa, o qual, por sua vez, fortalece os sintomas, fazendo uso deles como punição.” (Freud, O Mal-Estar da Civilização, p. 103)

A punição não precisa ser necessariamente física. A pessoa é capaz de criar vários meios para torturar-se.
Na maioria dos casos, ela não compreende a causa do sofrimento. Ela pode até acreditar que seria dominada por algo “exterior”. Assim, se omitiria, e passaria a ser vítima do processo.
É muito comum transferir para o outro (pai, marido, padre, patrão e assim por diante) a responsabilidade pelos acontecimentos da vida de uma pessoa. Essa omissão, porém, reforça a alienação, tira a pessoa da própria vida.
Os seus verdadeiros desejos acabariam sendo negados em nome de algo “superior” (e “exterior”). As escolhas da sua vida deixariam de ser consideradas em nome de fórmulas e conceitos (como religião e política) inventados pelo próprio homem no sentido de um poder dominar o outro.

© profelipe ™ 

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