quinta-feira, 15 de setembro de 2011

HARVARD, CNN E... O TRIÂNGULO MINEIRO

O leitor já percebeu a minha implicância com as pessoas da minha cidade que insistem em morar com os pais mesmo depois de formadas. Algumas continuam na casa dos pais mesmo com os próprios filhos. Outras continuam estudando, pós-graduação ou outro curso na graduação, mas permanecem no "lar doce lar".
Por quê? As pessoas fazem esta opção pois existe um recusa (ou medo) de "crescer", algo como a Síndrome do Pequeno Príncipe. 
Mas o meu "por quê" foi um espécie de auto-crítica: por que o "profelipe" insiste neste discurso?
Imagina a cena: a crítica (repetida) sendo falada e o "ouvinte" diz como no filme "As Invasões Bárbaras":
"Bom, isso é melhor que mofar em uma universidade medíocre em uma província atrasada!!!"
Essa cena não aconteceu. Além do mais, não dou aulas faz mais de três anos, o que comprometeria (um pouco) a crítica do "ouvinte". De qualquer maneira, trata-se de um argumentação interessante de um aluno diante da chateação de um professor.
Quando eu trabalhava nas faculdades e os alunos me perguntavam sobre o que eu iria fazer no futuro, sempre dizia que eu já era adulto, que eu era "aquilo": um professor-doutor que dava aulas em faculdades particulares no interior do Brasil. 
Um caso especial me chamou a atenção: uma aluna do jornalismo, em 1993, teve essa conversa comigo. Ela ficou com uma cara meio decepcionada com a minha resposta, como se eu fosse um "acomodado". Em 2011, essa mesma aluna, formada, naturalmente, trabalha na sua área numa cidade do interior de Minas Gerais. Em 1993, eu já sabia que não seria professor em Harvard. Provavelmente, agora em 2011, ela deve ter percebido que não será uma jornalista na CNN ou na BBC.

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