segunda-feira, 20 de outubro de 2014

DROGAS & CONSEQUÊNCIAS

O indivíduo civilizado precisa estabelecer um equilíbrio entre o Id, o Ego e o Superego. Não adianta querer apelar para o seu estado puro de natureza. Isso foi perdido, obviamente, faz bastante tempo. Não dá ainda para obedecer todas as proibições “internas” e nem as “externas” (impostas pelos aparelhos ideológicos de Estado). Resta a busca ao equilíbrio.
É um sinal problemático o uso de drogas legais e ilegais para lidar com a realidade da civilização.
Existem drogas para (quase) todos os casos. Todas trazem consequências.
Em outras palavras, não dá para enganar o exame antidoping da vida.
Para adquirir – rapidamente - mais massa muscular, a estratégia seria apelar para o anabolizante. Para aumentar a produção, a pessoa apela para o uso da cocaína. E por aí vai... Existe uma droga para inibir o apetite, outra para a atividade sexual, outra para dormir, outra para ficar acordado, outra para se sentir feliz...
Não seria razoável imaginar que faria bem (ao indivíduo) o consumo e a mistura de tantas drogas.
Quando “esse zumbi” – ele não consegue agir mais naturalmente e sim só responde - reage - aos impulsos ditados pelas drogas – encontra “outro zumbi”, claro, podem surgir uma identificação e uma simpatia entre os dois que, porém, serão desfeitas por causa dos vários efeitos colaterais das drogas.
Um efeito comum é a irritabilidade. Quanto mais drogas, maior a falta de paciência consigo e com o outro. Para o ser civilizado – que depende do coletivo -, isso é um desastre.

Basta olhar ao redor e perceber o que acontece no cotidiano hoje em dia.
Numa praia ou numa piscina, ocorre um desfile de corpos fabricados pelas drogas e pelas cirurgias plásticas.
Chega a ser repugnante (algumas vezes).
O que falta é o respeito ao outro (e um pouco de educação e cordialidade).
É neste mesmo contexto que as pessoas utilizam barras de ferro para decidir quem tem razão quanto a uma simples vaga de estacionamento!!
O absurdo tornou-se obra comum no século XXI. Nada parece chocar mais.

Existem multidões de “zumbis”
que seguem padrões ditados por modas questionáveis
(na verdade, o que está por trás de cada moda é o velho interesse de produzir lucro para a elite no capitalismo) e
que correm quase sempre para os mesmos lugares e nos mesmos horários (congestionamentos, filas e outros excessos são vistos como “normalidades” do novo século).

Tudo isso é “complementado” pelo desequilíbrio ecológico e as consequentes mudanças de temperatura (excesso de calor ou excesso de chuva ou excesso de frio).
O ser civilizado, em suma, criou o próprio inferno no seu planeta.
Pior: não vê coisa alguma.
Ainda pior: acredita que o desequilíbrio representaria a normalidade e não teria consequências.

O resultado não será percebido no futuro.
O resultado pode ser sentido agora...
no ar...
na esquina...
na piscina...
na hostilidade dos olhares daqueles
que odeiam sem conhecer e
que acreditam que dividir os seres humanos em tribos hostis seria o melhor caminho para construção de uma sociedade.


© profelipe ™

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