segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Mudança e Frustração

Antes, ir em algum “sex shop” parecia algo estranho, tinha que ser escondido, em alguma madrugada. Parecia que só de estar lá, a pessoa estaria fazendo algo errado.
Foi o tempo. Hoje, existem produtos que eram vendidos em “sex shop” que agora são vendidos em farmácias (em alguns países, pelo menos...).
Parecia bem estranho (até para as amigas), uma garota admitir que usava vibradores. Hoje algo assim pode até ser presente de namorado ou marido.
A internet foi importante no sentido de desmistificar os “brinquedos eróticos”. Acessórios que antigamente eram exclusivos das pessoas do BDSM, agora são adquiridos por casais “normais”.
Tudo isso ajudou a diminuir a velha distância que sempre houve entre o que era considerado “bizarro” e o que era aceito com “normal”.
Nas velhas discussões nos tribunais sobre estupros, é recusado e ridicularizado aquele tipo de discurso machista do policial que afirmaria que “a garota seria a responsável pela situação porque estava vestida como prostituta.” Qualquer garota veste como quer e isso não tem nada a ver com um convite para o sexo.
Os homens, daqueles que ainda sonham com a “Amélia”, têm bastante dificuldade para compreender estas mudanças. Para eles, antes era tudo mais fácil: 
sexo “selvagem” era com a prostituta, casava com uma virgem que seria mãe dos seus filhos e, se necessário, continuaria com os encontros com as prostituas. Esse era um privilégio masculino. A esposa deveria permanecer fiel.
Tal mundo não existe mais e a frustração masculina, algumas vezes, pode ser associada à violência doméstica e até aos assassinatos de namoradas ou esposas. Infelizmente.
Esse tipo de reação, por parte de alguns homens, não tem nada a ver com resistência. É simplesmente caso de polícia. As mudanças nos relacionamentos já começaram e não devem parar tão cedo.
Cresça ou fique isolado do mundo.
© profelipe ™

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