segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Uns e os Outros

As coisas perdem as cores, perdem os sabores. O que era fantástico, torna-se repetitivo. O tédio prevalece. Tudo isso poderia ser a descrição de 3 anos de namoro ou 10 anos de casamento. O pior é quando esse tipo de crise aparece e a pessoa está sozinha. Ou seja, nem colocar a culpa no outro indivíduo ela pode.
O chato é olhar para o lado e perceber que o mundo continua “funcionando” como antes, todos fazem as suas coisas e sua crise reforça os sentimentos de impotência e solidão.
O “seu olhar” para os outros é incompleto na medida em que é um olhar de quem está em crise. Em outras palavras, nessa situação, é normal a percepção de que que todos estariam felizes e que as coisas deram errado só na sua vida.
Não é bem assim, claro. Os outros estão aos pedaços também, mas sabem esconder e disfarçar o que de fato acontece no outro jardim. Sentem pena de quem assume a crise como se fossem fortalezas racionais. É mentira. São castelos de cartas. Estão à beiro do abismo. Sabem disto, Dormem mal (quando dormem).
Desconfiam que uma hora a verdade prevalecerá e tudo desabará. Estão certos. Temem a morte por causa da vida que tiveram. Sabem que o arrependimento não resolve mais, aliás, ele sempre foi uma estratégia para enganar “os otários” para poder prejudicá-los novamente.
E pensar que fizeram tudo por dinheiro e que essa premissa não vale coisa alguma quando a vida chega ao fim. A velha senhora não aceita suborno, não acredita em arrependimento. Ela (a morte) faz o que tem que fazer, cumpre o seu papel... na vida de cada indivíduo.
© profelipe ™

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