quarta-feira, 25 de novembro de 2015

EUA, EI & AQ



As principais lideranças do terrorismo internacional não teriam tanta importância se não fosse o apoio ou a omissão das lideranças norte-americanas. Vejamos...
Se a maior potência do mundo quer bancar uma de xerife, precisaria ter o maior exército do planeta. Na guerra do Vietnã, “mais de 500.000 soldados dos Estados Unidos estiveram envolvidos no conflito.”*
As guerras podem ser impopulares. Isso não aconteceu só com o Vietnã. Foi assim também tanto com a Guerra do Afeganistão (contra o Talibã) como com a Guerra do Iraque. Nestes últimos casos, o presidente Barack Obama ordenou a retirada das tropas norte-americanas.
Parece que o atual presidente dos Estados Unidos ainda quer “marcar” o seu lugar na história restabelecendo as relações diplomáticas com Cuba e com o Irã (sim, o mesmo país em que as lideranças – constantemente - desafiam os E.U.A. e são acusadas de apoiar o terrorismo internacional e de ter um programa nuclear que não seria pacífico).
Apesar de ter sido avisado várias vezes, o presidente Obama não barrou o que seria o avanço do Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque. Quando ocorreram os ataques à Paris, Obama disse que os Estados Unidos eram solidários ao povo francês.
Entretanto, o discurso do presidente norte-americano não convenceu (muito) na medida em que a retórica estava longe da prática defendida pelo líder da maior potência do mundo.
De uma forma bem simples, poderia ser dito que as lideranças dos E.U.A. criaram a guerra do Iraque, destruiriam o governo que havia lá (que conseguia controlar os grupos divergentes no país) e depois retiraram as suas tropas daquele território, permitindo que o caos fosse instalado.
Deste caos, surgiu o Estado Islâmico - a partir de vários grupos, incluindo militares do Iraque e militantes da Al Qaeda (AQ) - que agora seria percebido como uma ameaça aos países ocidentais.
Existe outra questão importante. A Al Qaeda foi criada por Bin Landen. Em 1979, “ele [foi] para o Afeganistão para participar da ‘jihad’, ou ‘guerra santa’ contra a União Soviética.”** Nesta época, as guerrilhas muçulmanas recebiam o apoio de vários países, principalmente dos Estados Unidos.
A Guerra do Afeganistão (1979-1989) foi fundamental para destruir a antiga URSS. Posteriormente, “a criatura voltou-se contra o seu criador”, ou seja, a Al Qaeda foi responsável pelo pior ataque em solo norte-americano em 11 de setembro de 2001. O seu líder (Bin Landen) tornou-se o homem mais procurado do mundo (foi morto só na administração Barack Obama).
Em suma, pode ser dito que, como representantes da principal potência, não seria de se estranhar que as lideranças norte-americanas participassem dos eventos mais importantes do mundo.
Contudo, isso não significa que as suas decisões sejam adequadas para a maioria da população seja no ocidente como no oriente.
© profelipe ™
(*) Vietnam War History.  http://www.history.com/topics/vietnam-war/vietnam-war-history

(**) CNN Wire Staff. Timeline: Osama bin Laden, over the years. CNN, May 2, 2011.  http://edition.cnn.com/2011/WORLD/asiapcf/05/02/bin.laden.timeline/


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