domingo, 8 de novembro de 2015

“Minority” - Green Day

Gosto do Green Day, apesar de ser um punk com uma sonoridade muito pop. Aliás, o problema aqui é aquele tipo de som que não sai de sua cabeça. De qualquer maneira, vale a pena, afinal, é um som de qualidade com letras políticas. Gosto especialmente de “Minority”.
A letra desta música pode ser associada ao velho anarquismo dos Sex Pistols em “Anarchy in U.K.” (como nas primeiras palavras da canção):
“Eu quero ser a minoria 
Eu não preciso de sua autoridade”*
Trata-se da base do anarquismo: contra o Estado, contra a autoridade e contra a hierarquia.
Em seguida aparece o mal estar da diferença das classes sociais, a produção da solidão no meio da multidão. Isso seria mais grave para quem tem consciência e não se enquadra no padrão da maioria:
“Lá onde eu fico sozinho
Uma face na multidão
Sem valor, contra o padrão”*
Não se enquadrar cria uma sensação de que o indivíduo não pertenceria a esse lugar. Ele estaria fora, como se vivesse em “outra dimensão”:
“Andando fora da linha
Como uma ovelha corre do rebanho
Marchando fora do tempo”*
Sente-se invisível. Existe, mas não é considerado como ser. Existe na escuridão:
“Uma luz, uma mente
Reluzindo na escuridão
(...) Um livre para tudo
Fodam-se todos eles
''Você é sua própria visão'' *
O outro lado disto tudo é que, pelo menos, por ser minoria, não precisa fingir, ou seja, possui a própria liberdade para ter e viver a sua visão de mundo.
© profelipe ™ 07-11-2015

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