domingo, 8 de janeiro de 2012

Predisposição Genética

O que leva uma pessoa ao suicídio? Schopenhauer defende que apesar da predisposição genética, "na determinação de tirar a própria vida, a parte subjetiva é certamente a mais forte."
De qualquer forma, assim como no caso da depressão, seria difícil excluir a predisposição genética das hipóteses que explicam tais fenômenos.
A depressão é a principal causa de suicídios no mundo. Não há como contestar. Isso significa que o fator "interno" - a dor - seria fundamental no processo.  A "parte subjetiva", se for entendida como a "vontade do indivíduo", seria uma hipótese polêmica, mesmo assim não poderia ser descartada.
Existe ainda a parte "externa", ou seja, a repressão cotidiana que a pessoa vive, o que só piora a sua condição. Em poucas palavras, ela teria que lutar contra um "dragão interno" - a depressão - e contra uma opressão diária de indivíduos na família, na escola, no trabalho e em outras instituições. Existem dois "infernos": um interno e o externo.
Muitos se perguntam se os suicidas não têm medo de ir para o inferno... Essas pessoas não percebem que eles já vivem no "inferno"... Se questionados, eles poderiam responder: "como o inferno pode ser pior do que isso?"
Na verdade, a questão não é religiosa e nem sobre a existência ou não do inferno. O ponto essencial é que o suicida, no seu ato, não escolhe a morte, como a maioria imagina. Ele recusa a vida, ou pelo menos a "sua" vida. Neste sentido, apesar do "dragão interno" - a depressão -, esse indivíduo poderia ter uma vida mais longa e saudável se tivesse o apoio e a compreensão das pessoas daquelas instituições (família, escola, trabalho, entre outras).   

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