segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Autoridades

Os mais jovens tendem a superestimar as imagens das autoridades – como pais, padres, juízes e professores (no Brasil, as imagens dos políticos e dos policiais estão desgastadas). A autoridade está associada à figura do pai.
A intenção aqui não seria discutir se isso seria adequado ou não (para, por exemplo, manter a ordem na sociedade).
A questão é que superestimar a imagem de alguém aproxima-se bastante do processo de idealização. Trata-se de fantasiar algo (a perfeição) que pode não ser uma característica do ser humano.
Quando uma autoridade erra, claro, isso gera uma indignação (quase uma revolta) no indivíduo comum que respaldava aquela imagem. A existência de padres pedófilos serve para questionar a autoridade representada pela igreja católica.
A produção do mito é feita tanto pelas pessoas comuns como pelas autoridades. É um jogo de mão dupla no qual existe pouco espaço para vítimas.
Do ponto de vista das autoridades, pode ser interessante não se levar tão a sério. Não cabe necessariamente romper com os benefícios dos cargos ou das imagens que representam. Não existe ingenuidade. É importante (para si... pelo menos) não acreditar em perfeição nem que representariam uma espécie de “super-humanos” num mundo cheio de pessoas fragilizadas.

© profelipe ™ 28-12-2015

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