quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Crise política e crise econômica em 2015

2008, ironicamente, tornou-se um marco negativo para os países ricos – “com o crash financeiro no qual os Estados Unidos e a Europa mergulharam”* - e, por outro lado, foi o ano em que o Brasil ganhou o grau de investimento das agências estrangeiras, o que o colocava como uma espécie de caminho seguro para a entrada de dólares.
Nas eleições de 2014, a candidata Dilma disse que o seu opositor (Aécio Neves) era muito pessimista quanto ao futuro do país. A candidata petista venceu – com o seu otimismo – as eleições. Entretanto, ela “esqueceu” de combinar com a realidade pós-2015. O primeiro ano do segundo mandato da presidente foi marcado por toda tipo de crise, encerrando agora com o problema do “impeachment”. O pior é que ninguém consegue enxergar uma liderança da oposição no sentido de uma retomada de um caminho mais estável para o país.
Em 2015, o Brasil perdeu o grau de investimento de duas das três agências internacionais (“Fitch” e “Standard & Poor's”). Em outras palavras, o país deixou de ser um destino seguro para a entrada de investimentos estrangeiros. Um exemplo: “parte dos fundos de investimento internacionais exige o selo de bom pagador de pelo menos duas das três grandes agências para direcionar seus recursos.”**
O que antes era algo técnico (“o selo de bom pagador”) que gerava pouco interesse para a maioria, em 2015, aparece como um símbolo associado ao cotidiano indefinido dos brasileiros. Tudo ficou ruim e ninguém acredita que 2016 será melhor.
A crise política piora a crise econômica. Uma presidente da República (com baixa popularidade) não consegue falar a mesma linguagem do Ministro da Fazenda (Joaquim Levy). Os líderes dos partidos governistas não se entendem. Muitas lideranças políticas estão presas (o mesmo acontece com grandes empresários aliados do governo). Existe, basicamente, uma crise de credibilidade.
E o futuro? É melhor mudar de assunto.
© profelipe ™ 16-12-2015
(*) Cilene Pereira e Fabíola Perez. A crise mexe com a cabeça do brasileiro. Isto É, 24 de Abril de 2015. http://www.istoe.com.br/reportagens/415311_A+CRISE+MEXE+COM+A+CABECA+DO+BRASILEIRO

(**) João Pedro Caleiro. Fitch tira selo de bom pagador do Brasil. Exame, 16-12-2015. http://exame.abril.com.br/economia/noticias/fitch-tira-selo-de-bom-pagador-do-brasil


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