terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Playboy: França e Brasil

Em Paris, não era fácil encontrar uma edição da Playboy (francesa). A revista não era encontrada nas bancas da Champs-Élysées

Quando encontrei a revista, em outras lojas, o dono (com um olhar de preconceito) avisava que ela ficava no setor de material pornográfico. A edição da revista seguia o modelo internacional, mas nas páginas finais havia anúncios que dificilmente estariam de acordo com “o padrão Playboy de qualidade”. A edição francesa não existe mais.

Agora chega ao fim a Playboy brasileira. Diferente da francesa, desde o começo, a edição brasileira vinha associada a uma certa respeitabilidade. As suas longas entrevistas poderiam revelar informações fundamentais. Intelectuais importantes contribuíam com os artigos da revista. O seu “ranking de cursos e de universidades” era citado por todos.

Não havia vulgaridade na nudez apresentada pela Playboy brasileira.

Por isso mesmo, era visto como natural quando uma personalidade resolvia posar nua para a revista. Não existia escândalo. Havia uma espécie de orgulho dos envolvidos (a mulher e o marido, por exemplo).

Talvez a aceitação da Playboy por aqui tenha a ver com os ares tropicais. Quem sabe?

O fim da edição brasileira pode ser associado a inúmeros motivos, principalmente ao avanço da tecnologia (selfie, etc) e à mudança de comportamento (tatuagem, piercing, bisexualismo, nova forma de feminismo, niilismo, entre outras coisas).

A questão que fica agora é o que ocupará esse espaço da Playboy brasileira que teve um representação histórica no cotidiano nacional. Ou não. Em outras palavras, o fim da Playboy brasileira foi só um marco de algo que já não existia mais.

© profelipe ™

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