terça-feira, 13 de dezembro de 2011

POUPANÇA E CRÉDITO


No país, antigamente, havia uma desconfiança quanto às cadernetas de poupança. O motivo era simples: o cidadão fazia os seus depósitos regularmente e quando chegava o momento de resgatar o dinheiro e ter uma velhice tranqüila, descobria que a empresa havia falido e o dono havia fugido.
Atualmente, as pessoas não confiam nos serviços prestados pelo Estado e optam por pagar por empresas privadas para obter um atendimento diferenciado. Um exemplo: em dezembro de 2011, uma senhora que pagou 17 anos por um plano de saúde, quando precisou do convênio, descobriu que a empresa havia falido. Em 2008, 78 operadoras de convênios médicos foram fechadas.
Muitos, pensando em um futuro melhor, guardam o seu dinheiro na poupança e fazem aplicações financeiras. Sentem-se seguros. Esquecem do Plano Collor, quando houve o confisco do dinheiro de todas as contas correntes.
Outros investem em imóveis, sobretudo as grandes fazendas. Para surpresa de alguns, quando vão visitar as suas propriedades, descobrem várias famílias morando no local. Muitas organizadas em alguns chamados movimentos sociais que contam com o apoio do governo federal. 
As pessoas estão preocupadas? Aparentemente, não. O segredo é o crédito. Neste mês, as montadoras revelaram que os consumidores não estariam conseguindo pagar as prestações. Um cliente disse que a solução seria vender o carro, mas que ele ainda ficaria devendo 70 % das prestações. 
Neste contexto, a maioria está preocupada em comprar os pacotes turísticos para o verão. O pagamento, claro, será dividido em várias parcelas no cartão de crédito.
Novidade? Nenhuma. Ilusão para parecer o que não é com grandes carros zeros financiados e férias em lugares paradisíacos com muitas fotos para mostrar aos amigos.

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