sábado, 13 de setembro de 2014

Fuck Buddy


O filme “Vanilla Sky” não deu certo. Muita pretensão e pouco resultado. 

Pareceu interessante, porém, a ideia inicial, ou seja, a relação complexa existente entre o mundo real e o mundo dos sonhos.

No filme, o personagem “David” tem um caso com uma bela garota – que é apaixonada por ele -, “Julie”. Ele não assume a relação e a trata como “fuck buddy”. Quando parte para outra relação, ela, com ele no carro, tenta (no caso dela, consegue) o suicídio. Antes, ela afirma:

“Don't you know that when you sleep with someone, your body makes a promise whether you do or not.”

Ele a trata como “stalker”. Interessante.

Quando uma mulher é apaixonada por um homem e ele aproveita a situação para, sem assumir coisa alguma, fazer sexo; ele a trata como “stalker”, doida, “aquela com queM eu só faço sexo” e assim por diante.*

O homem acredita que ele pode fazer sexo com uma garota apaixonada (quantas vezes ele quiser) e, sem retribuir o amor, pode ainda sair da relação quando quiser, sem problema algum. Ingenuidade.

O homem é “educado” para ficar com todas, fazer sexo sem envolvimento, e, mesmo depois de casado, praticar a infidelidade como “um direito natural do universo masculino”.

Neste contexto, ele não percebe que uma mulher não gosta de “one night stand” e que quando faz sexo, quer fazer amor. Essas são duas palavras que mudam tudo: sexo e amor.

Seguir o instinto egoísta de um animal selvagem não livra o homem de sofrer as consequências dos atos numa sociedade civilizada, quando o que seria “natural” passa a ser usado para fins de dominação, manipulação e poder.

Em outras palavras, o homem pode ser naturalmente mais forte, mas isso faz pouca diferença numa sociedade do ato e da palavra.

Insistir no instinto selvagem, além das consequências de uma relação “amorosa” mal sucedida, pode levar o homem a ser excluído do jogo social com a punição da exclusão (cadeia mesmo).

É um risco. É um preço. Ou aprende as regras da civilidade (se isso é bom ou não, pouca importa) ou não pode “brincar” de conviver na sociedade.
Parece razoável.

Sobre o filme e a “stalker”, as dicas são óbvias: evite fazer sexo com uma pessoa apaixonada se a intenção não for um comprometimento verdadeiro numa relação a dois.
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(*) Quem conhece o meu cotidiano, claro, sabe que já tive algumas “stalkers” e que as consequências destas relações podem gerar crises bem sérias para todos os envolvidos.
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© profelipe ™ 12-09-2014

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