sábado, 13 de setembro de 2014

RELIGIÃO & POLÍTICA © profelipe ™ 10-09-2014

Com 15 e 16 anos, passava os meus fins de semana em igrejas ou em reuniões com grupos evangélicos. Na época, sempre andava com a minha bíblia – o livro de Eclesiastes era o meu favorito, apesar de ter lido várias vezes (mesmo) o Apocalipse (sempre, de maneira consciente ou não, gostei de saber mais detalhes sobre o fim da humanidade).
Com 20 e pouco anos (como diria – argh – Fábio Jr.), passei a ocupar os fins de semana, diversas vezes, com reuniões de militantes do que hoje seria considerado extrema esquerda.
Trabalhávamos de graça para os políticos do PT. Tudo era feito em nome da ética, da revolução e de um futuro melhor para todos.
Com os erros que via, abandonei esse barco – sob inúmeras críticas de gente que hoje usufrui das benesses do poder.
Antes, fim da militância religiosa. Depois, fim da militância política.
Depois de longos e vários anos, o que vi foram os grupos religiosos (não eram bem aceitos bem pelas igrejas cristãs tradicionais) transformarem-se em grandes igrejas (algumas adotaram, infelizmente, os princípios problemáticos das grandes empresas).
No caso da política, o constrangimento foi maior. Vi gente em que eu acreditava chegar ao poder só para obter enriquecimento pessoal (como qualquer capitalista desonesto e manipulador).
Ainda carrego a fama de ser “o doido” e por isso ter feito anos de terapia e ter consumido antidepressivos de diversas marcas.
Irônico.
Talvez (só talvez) os anos de terapia e os antidepressivos tenham sido necessários após acreditar em ideias, em pessoas e em projetos que... bem, a realidade “virou” isso daí.

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