sexta-feira, 5 de agosto de 2011

FUTURO, ZODÍACO E SARTRE

Obs.: o artigo a seguir foi criado a partir de outros dois textos - e que tratavam da mesma temática - "Auras & Hórus" e "Superstições e Religiões".

"Não há dúvida (...) de que o rei-deus, encarnação de Hórus, tenha conhecido sob a IV dinastia o apogeu do seu poder absoluto. (...) O faraó era sempre o 'Hórus-vivo', mas apenas o filho do deus do Sol, que agora imperava sobre as demais divindades. Grandes doações foram feitas sob a V e a VI dinastias." (Ciro Cardoso, O Egito Antigo, SP: Brasilense, 1982, p. 52)

A pronúncia inglesa de "auras" parece muito com a de "hórus", que, no Egito antigo, por volta de 3.000 a. C., representava, como apresentado na citação, um divindade associada ao sol.

A pessoa que possui uma "aura" é uma pessoa "boa". "Hórus" significa luz, o que seria o contrário de "Set" ("Seth"), que representaria a noite, algo negativo. (Documentário "Zeitgeist")

A dualidade identificada pelos homens, observando o sol e as estrelas, permanece até hoje e foi a base da maioria das religiões e superstições.

No que diz respeito especificamente às superstições, algumas, aparentemente, em nada tem a ver com o zodíaco, como o número 4 para os chineses ou passar embaixo de escada ou jogar o sal sobre o ombro. 

Outras, porém, estão associadas à cruz do zodíaco, como, quando bocejar, você deveria tampar a boca para o diabo não entrar, principalmente se for uma sexta-feira 13. O zodíaco possui 12 signos e daí vem a importância dada ao número 13.

Existe gente que acredita que por ter nascido em uma época do ano, que corresponde a um signo, seria possível prever os acontecimentos de sua vida.

A construção da cruz do zodíaco foi feita, sobretudo, a partir da observação feita pelo homem em relação aos movimentos do sol, durante o dia, e das constelações, à noite. A partir disto, seria possível prever, por exemplo, as estações do ano: primavera, verão, outono e inverno. Muitas religiões foram criadas a partir disto. (Documentário "Zeitgeist")

De fato, religiões e superstições foram inventadas pelos seres humanos com o objetivo de estabelecer algum tipo de controle sobre o futuro. Acreditar no horóscopo faz parte deste processo.

Tudo isso está associado à falta de sentido na vida - você não sabe por que está neste mundo e nem o que acontecerá após a sua morte - e a insegurança de cada pessoa. É complicado admitir "o nada" ou a "não existência". É difícil aceitar que as coisas, no universo, existem sem a humanidade.

Qual seria a solução, então? Como diria Jean-Paul Sratre:

"il faut qui l'homme se retrouve lui même et se persuade que rien ne peut le sauver de lui-même, fût-ce une preuve valable de l'existence de Dieu." (Gallimard, p. 77-78)

Se Deus existe ou não, deixa de ser o ponto principal, na medida em que "nada pode salvar o homem dele mesmo." A resposta, talvez, esteja aí. Não era por acaso que Sartre considerava a sua teoria, o "humanismo", uma forma de otimismo.

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