terça-feira, 4 de novembro de 2014

CRÉDITO NO NATAL

Agora, em novembro, aparece o tal mutirão para limpar o nome (SPC-Serasa). Coincidência? Claro que não.
Uma parte importante da população brasileira (40%) está inadimplente.
O Natal é o ponto alto de vendas no capitalismo ocidental. Os salários são baixos. 
O crédito, assim, torna-se um mecanismo fundamental para que a troca de presentes ocorra “normalmente” como todo ano.
Se o indivíduo questionasse o verdadeiro significado do Natal, talvez não precisasse cair em outra armadilha burguesa.
Se o indivíduo fizesse o óbvio, ou seja, com o salário em mãos, ele compraria e pagaria o que o seu dinheiro permitisse (sem optar por financiamentos), provavelmente a sua vida seria mais simples e ele teria menos ansiedade e até dormiria melhor.
Mas (como dizem) o “se” não existe.
O que existem são propagandas que prometem o impossível, que omitem o valor final da mercadoria e só mostram o “pequeno valor” da parcela “que caberia no bolso” do consumidor.
O pior é que existe empresa que oferece “ajudar” o inadimplente com uma oferta "generosa" de dinheiro para poder comprar mais produtos (que, normalmente, ele não precisaria, como, por exemplo, uma televisão de última geração).
Alguns poderiam afirmar que tudo isso não passaria de “um discurso de comunista mal-humorado que não suporta ver as pessoas felizes”...
O problema é que as pessoas (em sua maioria) já estão bastante irritadas e a promessa da ilusão do presentes natalinos parece, desta vez (pelo menos), não alterar muito o senso de humor delas.
© profelipe ™

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