segunda-feira, 24 de novembro de 2014

SEDUTORAS: MÃES E FILHAS

É comum um homem na crise da meia idade tentar “recuperar a juventude” namorando uma garota muito jovem.
Algo parecido acontece com garotas novas, entre 30 e 40 anos, mas que casaram, tiveram filhos (e filhas) e, portanto, sentiram as mudanças no corpo (das escolhas feitas e da própria idade).
Elas eram lindas e costumavam atrair todos os olhares.
Após o casamento, filhos (e filhas), ainda são atraentes, mas percebem as mudanças.
Não estão mais “no primeiro plano” dos olhares.
As abordagens (cantadas) ficaram diferentes.
Serem casadas reforçavam as intenções masculinas de resumir tudo ao sexo.
Os maridos, normalmente apaixonados por elas e pelas famílias, não representavam sérios obstáculos aos casos de infidelidade.
Para elas, o que parecia incomodar mesmo era o fato de ter perdido “o brilho da adolescência”, o fascínio associado ao mito da “Lolita”.
Com os casos de infidelidade (assim como os homens nas crises de meia idade), tentavam “ter a antiga vida de volta”. Tentavam recuperar “os anos dourados” da própria história de vida.
As coisas pioravam quando as suas filhas tornavam-se adolescentes e passavam a ser vistas (pelas mães) como concorrentes.
Já ouvi (sem perguntar) amigas dizendo que sentiam-se mais atraentes e sedutoras do que as suas filhas de 18 anos.
Elas, na verdade, continuavam, na prática, jovens, entre 30 e 40 anos, mas, ao mesmo tempo, mostravam-se tão frustradas, tão tristes e ainda tão ingênuas.

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