quinta-feira, 20 de novembro de 2014

NEOLIBERALISMO, FUNDAMENTALISMO & DITADURA

O que acontece no mundo – neoliberalismo – é um erro. Voltar ao passado como se não tivesse ocorrido uma recente revolução tecnológica seria também um equívoco. Isso sem falar em opções totalitárias ou autoritárias.

As duas grandes opções na prática política do Egito, por exemplo, parecem ser entre o fundamentalismo e a ditadura militar.

O fundamentalismo (que, muitas vezes, é utilizado, de forma inadequada, como sinônimo de islamismo) ocorre “(...) quando os guardiães e representantes da verdadeira fé ignoram a situação sistêmica de uma sociedade pluralista e insistem – chegando até à violência – no caráter universalmente basilar de sua doutrina e na aceitação dela.” (Jürgen Habermas, Filosofia em Tempo de Terror, p. 43)

A ditadura militar não é um fenômeno estranho na América Latina, basta lembrar os casos (recentes) como: Brasil, Argentina e Chile, entre outros. É um erro ainda, por aqui, a opção pelo populismo, a busca de um “salvador da pátria”.
Muitos escolhem a “ilusão individual”, ou seja, ficar rico e conviver com as ameaças dos miseráveis ao seu redor. Não funciona. Como diria uma antiga música do Ultraje a Rigor: “[eles] vão invadir a sua praia.”

Quem faz a opção pela “ilusão individual” acredita ingenuamente em estabilidade e segurança. Acredita que bastaria construir muros altos para não permitir a invasão. Lembram-se do Muro de Berlim? Apesar deste exemplo histórico, foi tomada a iniciativa, recentemente, nos Estados Unidos e em Israel, de construir grandes e longos muros para proteger as suas fronteiras. O erro se repete.

Pode não existir uma única solução para a realidade atual, mas as alternativas apresentadas (até o momento) parecem agravar mais a situação do que se aproximar de uma resposta satisfatória para essa crise que é vivida cotidianamente por todos.

© profelipe ™

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