quinta-feira, 6 de novembro de 2014

GANÂNCIA, CONTROLE E PUNIÇÃO

O dinheiro é o tema central dos dois filmes que tratam de “Wall Street” (com Michael Douglas). O sucesso do primeiro foi surpreendente porque a principal mensagem (do personagem que deveria ser visto como vilão) era “a ganância é boa”.

Muitas pessoas sentiram-se identificadas com erros, com atos que antes eram considerados pecados.

Não seria possível negar que a produção de Hollywood teria uma influência importante na vida cotidiana das pessoas no mundo inteiro.

É problemática a hegemonia exagerada dos valores burgueses como a ganância, a usura e a ostentação.

Tais valores justificam práticas quase escravistas ou punições inaceitáveis aos agentes – atendentes, vendedores, supervisores, gerentes, fornecedores, executivos, entre outros - envolvidos na produção de lucro de um grande número de empresas. Algumas práticas humilhantes foram mostradas na TV Globo.

A premissa que justificaria toda forma de tortura poderia ser resumida numa palavra: meta.

Os trabalhadores são obrigados a cumprir metas (praticamente impossíveis) para receberem os salários e os benefícios. Quando isso não acontece (o que seria comum), viriam as punições que lembrariam as práticas escravistas (e, portanto, não poderiam ser consideradas relações de trabalho assalariado).

As metas dizem respeito ao futuro. Assim, como seria possível garantir que ocorreria, por exemplo, um aumento de 15% em vendas e lucros a partir da atuação de determinados agentes da empresa (independentemente do contexto econômico tanto nacional como internacional, das decisões dos governantes e de agências reguladoras das taxas que influenciam o mercado financeiro)?

Em suma, além de sobrecarregar o trabalhador e gerar ansiedade, o futuro tornou-se um pretexto para controlar e punir as massas de trabalhadores.



Em suma, além de sobrecarregar o trabalhador e gerar ansiedade, o futuro tornou-se um pretexto para controlar e punir as massas de trabalhadores.
Em suma, além de sobrecarregar o trabalhador e gerar ansiedade, o futuro tornou-se um pretexto para controlar e punir as massas de trabalhadores.

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