sábado, 23 de julho de 2011

INSÔNIA E IRRITABILIDADE

O indivíduo lembra de Deus quando está em apuros. Para muitos, a psiquiatria é para loucos e a psicanálise não tem utilidade. Isso ocorre até surgir um problema que não é identificado nos exames médicos. Existe algo errado, o cotidiano da pessoa não é mais o mesmo. Ela não alimenta direito, tem dificuldades para dormir, desinteresse sexual e ainda fica nervosa demais, mais do que o normal, no trabalho. Algumas vezes, aquilo que era insegurança torna-se medo. O convívio social a incomoda. Multidões levam ao sentimento do pânico. Quanto mais grave, maior é a ansiedade. Sente fobia. Sente saudade da sua "normalidade", da sua zona de conforto.

Diante deste quadro, alguns admitem conversar com o psicanalista. A maioria procura uma solução rápida. A ida ao psiquiatria está associada ao remédio "milagroso" que irá tomar e tudo ficará resolvido. E os preconceitos quanto aos pacientes dos psicanalistas e psiquiatras ? Ah, isso nem é considerado mais...

Dizem que o Prozac seria a pílula da felicidade. Tal coisa não existe. Os remédios podem amenizar o problema, mas ele não desaparece. Seria como o álcool. Após algumas doses de whisky, a vida fica suportável e até divertida. Mas o efeito passa e o problema ainda está lá. O que fazer ?

Primeiro, reconhecer que a dor derrubou preconceitos no que dizia respeito aos psicanalistas e psiquiatras. Foi uma avanço, para quem se considerava um "super homem" ou uma "mulher maravilha", Segundo, é saudável recorrer a terapia, aos remédios e à diversão. Terceiro, admitir que não existe segurança na vida. Nada garante a felicidade. Ela não é plena. Acontece, aliás em momentos inesperados, que devem ser vividos intensamente. Quarto, assumir o problema é ir além da máscara da normalidade, ajuda, inclusive, a perceber que todos estão no mesmo barco. 

As pessoas não admitem, mas por trás dos seus carros, jóias, celulares e roupas da moda, existem seres fragilizados, inseguros e ansiosos. Acreditam que a "armadura" proporcionada por esses acessórios disfarçam a sua insignificância. Acreditam que enganam os outros. Acreditam que podem fugir delas mesmas. Quando estão no "porto seguro", os problemas insistem em aparecer: falta de apetite, insônia, irritabilidade, entre outros. Aí... bem, basta volta ao primeiro parágrafo deste texto.    
  

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