sábado, 23 de julho de 2011

CULPA

Existem lugares que são citados como exemplos de riqueza, como Mônaco e Singapura.  Todos (?!) são milionários e andam em carros luxuosos. Normalmente, o que não é enfatizado é a origem do dinheiro que é aceito nestes países. Origem duvidosa, reconhecem, o que significa dinheiro de tráfico de drogas, exploração de crianças, prostituição, entre outras coisas. Não é por acaso que os cassinos são atrações turísticas nestes locais.

A associação do cassino com as atividades ilegais é antiga, basta lembrar o caso de Las Vegas, dominada durante muito tempo por grupos mafiosos. Por outro lado, claro, a ausência dos cassinos não quer dizer respeito às leis de um país, como pode ser percebido no Brasil. Aqui o cassino é proibido, mas a corrupção, o contra-bando, o tráfico de drogas, a prostituição e os crimes envolvem até policiais e governantes.

Dizem que a prostituição é a profissão mais antiga do mundo. Até o século XIX, não havia a "indústria da droga", afinal, a cocaína, por exemplo, era usada sem restrições, inclusive receitadas por médicos, entre eles, Sigmund Freud. No século XX, tentaram criar uma "lei seca" nos Estados Unidos. Não deu certo, pois foi criado um comércio ilegal, que enriquecia os intermediários, como no caso do tráfico atualmente. 

A questão não é deixar de proibir o uso das drogas ou deixar de reprimir o tráfico. O problema, que as pessoas não querem enfrentar, é o que levaria alguém ao consumo excessivo de álcool ou de drogas. Reprimir o alcoólatra ou o drogado é um erro. Trata-se de ajuda e não de punição. Deveria existir ainda auto-crítica por parte da família e das instituições da sociedade. Cada um deveria assumir a sua responsabilidade no processo e não se esconder do problema ou simplesmente colocar a culpa no outro, como normalmente acontece. 

Não é a primeira vez que você lê isso e não será a última. Você pensa: "as coisas funcionam assim e pronto". É cômodo. Só não vale reclamar depois do aumento da criminalidade, dos seqüestros, dos assaltos aos shopping centers (eram seguros, lembra?), da violência contra a mulher... Existem dados que indicam que em torno de 35.000 mulheres apanham dos maridos no Brasil. Você pensa: "isso é um exagero, a mídia é pessimista". Talvez seja o contrário: a realidade da maioria pode ser bem pior e os jornais só selecionam os casos que interessam aos grupos de comunicação.

Melhor do que omitir ou apontar o dedo para o outro quando surge um problema, certamente seria seguir o conselho do personagem "V": "se você procura por um culpado, olhe primeiro para o espelho."   

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